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O que o mundo disse sobre os protestos contra Dilma

Tantas pessoas reunidas chamaram a atenção de jornais pelo mundo todo, que comentaram a situação política e econômica do país


	Rio de Janeiro: Tantas pessoas reunidas chamaram a atenção de jornais pelo mundo todo
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Rio de Janeiro: Tantas pessoas reunidas chamaram a atenção de jornais pelo mundo todo (Ricardo Moraes/Reuters)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 14 de março de 2016 às 08h23.

São Paulo - Centenas de milhares de pessoas se reuniram neste domingo, 13, para protestar contra a corrupção. As manifestações atingiram dezenas de cidades e, em São Paulo, foram maiores do que as Diretas Já.

Tantas pessoas reunidas chamaram a atenção de jornais pelo mundo todo, que comentaram a situação política e econômica do país.

A insatisfação da população é mais um obstáculo para que a presidente termine o mandato, segundo o The Guardian. As manifestações se somaram à recessão econômica e ao maior escândalo de corrupção do país entre as dificuldades enfrentadas pelo governo.

O alemão Der Spiegel acentuou a presença dos partidos de oposição nos protestos. Geraldo Alckmin e Aécio Neves, que passaram pelos protestos de São Paulo, foram recebidos tanto com palmas quanto com vaias.

O Wall Street Journal destacou que esse é o maior levante desde que a presidente Dilma assumiu. Segundo o veículo, os brasileiros estavam cansados com a presidente e o PT e esperavam que “uma participação maciça iria pressionar legisladores a acusar a líder impopular de ter manipulado contas públicas para mascarar um déficit crescente no orçamento público”.

O New York Times sublinha o escândalo de corrupção, que “envolveu empresas brasileiras de construção que se beneficiaram de contratos lucrativos com o governo”. O título estampado no jornal afirma que o aumento da raiva da população no Brasil se derramou para as ruas.

Já para a BBC, o foco dos manifestantes era a saída de Dilma da presidência. Ainda que ela tenha dito que não tem nenhuma intenção de renunciar ao cargo, “seus opositores esperam que uma grande participação nas ruas irá levar ao seu impeachment”.

Os atos nas ruas foram pacíficos e festivos, na visão da Bloomberg. Com as cores verde e amarelo e cantos “que ficaram na internet”, “a atmosfera era geralmente festiva e livre da violência que alguns temiam se houvesse confrontos entre os grupos políticos.

A Al Jazeera mencionou a presença do pixuleco, boneco inflável gigante do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, em Brasília. Segundo o veículo, o ex-presidente estava vestindo uma roupa listrada e uma bola de ferro amarrada à perna.

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