Brasil

Lula cobra ofensiva de Dilma por caso de corrupção

"O governo tem de ir para a ofensiva e debater esse assunto com muita força", disse Lula durante entrevista coletiva com blogueiros na sede do Instituto Lula


	Lula: ex-presidente vinculou a criação de uma CPI no Congresso sobre a suposta compra irregular de uma refinaria no Texas por parte da Petrobras às eleições do próximo dia 5 de outubro
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Lula: ex-presidente vinculou a criação de uma CPI no Congresso sobre a suposta compra irregular de uma refinaria no Texas por parte da Petrobras às eleições do próximo dia 5 de outubro (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 16h47.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que o governo da presidente Dilma Rousseff tem que lançar uma "ofensiva" para rebater à oposição sobre um suposto caso de corrupção na Petrobras.

"O governo tem de ir para a ofensiva e debater esse assunto com muita força. A gente não pode ficar permitindo que, por omissão nossa, as mentiras continuem prevalecendo", disse Lula durante uma entrevista coletiva com blogueiros na sede do Instituto Lula, em São Paulo.

O ex-presidente vinculou a criação de uma CPI no Congresso sobre a suposta compra irregular de uma refinaria no Texas, Estados Unidos, por parte da Petrobras às eleições do próximo dia 5 de outubro, nas quais Dilma tentará a reeleição.

A aquisição da Pasadena Refining Systems (PRS) é atualmente investigada pela Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público depois que documentos vazados à imprensa mostraram que o acordo incluiu cláusulas que causaram prejuízos milionários à estatal.

Lula vinculou as denúncias sobre o caso da refinaria no Texas com um suposto interesse de setores em "enfraquecer a Petrobras" e também pela falta de "bandeiras políticas" em ano eleitoral.

"O que não pode é ficarmos vendo em cada eleição, por falta de assunto, a oposição, que nunca quis CPI, agora ficar querendo tirar proveito em seis meses de campanha. É melhor fazer um programa de governo", comentou.

O ex-presidente pediu que o governo se defenda com "unhas e dentes", mas que recorra ao debate político para não passar pela mesma situação do mensalão.

"O PT tem que ir para cima. Espero que tenha aprendido a lição do que significou a CPI do mensalão, porque ela deixou marcas profundas nas entranhas do partido. Se o PT tivesse feito o debate político no momento certo, possivelmente a história teria sido outra", declarou.

"Necessitamos ter consciência que a esquerda sempre foi condescendente com a direita e as elites nunca foram pela esquerda, que às vezes é ingênua", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasDilma RousseffEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoLuiz Inácio Lula da SilvaPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Estudo da Nasa aponta que Brasil pode ficar 'inabitável' em 50 anos; entenda

Temperatura acima de 30°C para 13 capitais e alerta de chuva para 4 estados; veja previsão

Discreta, Lu Alckmin descarta ser vice de Tabata: 'Nunca serei candidata'

Desconhecido, Novo PAC não decola e frustra expectativas de ganho político para o governo

Mais na Exame