São Paulo – Os paulistas costumam dizer que a BR-116 - conhecida como Régis Bittencourt, na parte mais movimentada - é a “Rodovia da Morte”. Os mineiros, por sua vez, dão este nome à BR-381. Os fluminenses, vez por outra, dizem que rodovia da morte mesmo é a BR-101 no território do
Rio de Janeiro. Ninguém está errado: entre as
rodovias federais, as três estão entre as que mais registraram
mortes em 2012, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Como as três, outras 17 rodovias atingiram mais de 100 óbitos no ano passado, considerando a extensão delas dentro de cada estado. Embora não se analise aqui os motivos que tornam cada uma delas perigosa, não há muitos segredos, segundo a PRF: as estradas que matam mais são mais movimentadas e passam por trechos urbanos. Grande parte das vítimas são atropeladas. Mas ingestão de
álcool por parte de motoristas, imprudência, pistas com curvas perigosas, além de malconservadas e projetos ruins também estão entre os responsáveis pelas mais de 8,4 mil vítimas nas estradas federais em 2012. Por ano no Brasil,
mais de 42 mil pessoas perdem a vida no
trânsito. Nesta conta, estão também os acidentes urbanos e ocorridos em rodovias estaduais. Levantamento feito por EXAME.com com os dados da PRF mostra ainda o quão letal essas pistas realmente são considerando sua extensão em cada estado, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (
Dnit). Por exemplo, embora a BR-381 em
MG mate mais que a BR-116 em
SP, ela é também mais extensa: por isso, uma pessoa morreu a cada 3,5 quilômetros de suas pistas em 2012. Já na Régis Bittencourt, houve uma vítima a cada 2,2 quilômetros.