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Até dia 20 de dezembro, Maluf saberá se foi eleito ou não

Paulo Maluf (PP) e André Moura (PSC) aguardam julgamento final de seus recursos para saber se poderão ou não assumir suas cadeiras na Câmara dos Deputados


	Paulo Maluf (PP-SP) recebeu 250 mil votos nas eleições 2014
 (Cristiano Mariz/Veja)

Paulo Maluf (PP-SP) recebeu 250 mil votos nas eleições 2014 (Cristiano Mariz/Veja)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 12h29.

São Paulo - Embora a lei da Ficha Limpa tenha impedido que centenas de candidatos com a ficha suja fossem eleitos nas eleições 2014, alguns candidatos que tiveram seus registros de candidatura negados conseguiram chegar ao dia da votação com os nomes nas urnas e receberam muitos votos. 

É o caso de Paulo Maluf (PP- SP) e André Moura (PSC- SE), candidatos a deputado federal por São Paulo e Sergipe, respectivamente.

Os dois tiveram seus registros de candidatura negados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas disputaram as eleições amparados por recursos que ainda aguardam julgamento final. 

Segundo o TSE, ainda não há data para os julgamentos de Maluf e Moura. No entanto, como o recesso do judiciário começa no dia 20 de dezembro e até lá todos os candidatos eleitos têm que ser diplomados pela Justiça Eleitoral, a decisão terá que ser tomada nos próximos 50 dias. 

Tanto Maluf quando Moura tiveram votações expressivas o suficiente para assumirem uma das cadeiras reservadas a seus estados na Câmara dos deputados, só dependem, agora, de que suas candidaturas sejam aprovadas definitivamente.

Em comum, ambos tentam a  reeeleição e foram condenados na justiça por improbidade administrativa enquanto eram prefeitos de suas cidades, São Paulo (SP) e Pirambu (SE), respectivamente. 

Paulo Maluf (PP-SP) e André Moura (PSC-SE): os dois candidatos a deputado federal esperam julgamento de seus recursos para saberem se assumirão ou não suas cadeiras na Câmara dos Deputados (Montagem/Câmara dos Deputados)

Condenados

Paulo Maluf foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em novembro de 2013 por improbidade administrativa na construção do Túnel Ayrton Senna, quando era prefeito da cidade de São Paulo em 1996. Entre as penas impostas pro Tribunal, está a suspensão dos direitos políticos por cinco anos - o que o impediria de concorrer a essas eleições. 

O TSE negou o registro de Maluf, mas ele recorreu no próprio tribunal e também no Supremo Tribunal Federal (STF). Caso seja condenado, os 250 mil votos que recebeu serão anulados e sua vaga na Câmara Federal ficará com Walter Ihoshi, do PSD. Caso a decisão seja favorável a Maluf, os votos serão validados e Ihoshi perderá seu lugar na Câmara. 

No caso de André Moura, a situação é parecida. O deputado do PSC foi eleito em 2010 e tenta a reeleição. No entanto, como foi condenado no ano passado em processo de improbidade administrativa, seu registro de candidatura foi negado pelo TSE e agora aguarda julgamento final do recurso. O processo se refere ao tempo em que Moura era prefeito de Pirambu, cidade do litoral de Sergipe, de 1997 a 2004. 

O deputado recebeu mais de 71 mil votos, que podem o colocar em uma das vagas de sua coligação na Câmara caso o julgamento de seu recurso seja favorável a ele. Do contrário, perde a vaga para Mendonça Prado, do DEM.

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