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Com decreto, Haddad libera Uber em São Paulo

Na prática, o decreto é uma tentativa de Haddad de evitar que a Uber e outros aplicativos acabem com o táxi na cidade


	Uber x táxi: Haddad regulou serviço do aplicativo por decreto, e agora empresas terão que pagar outorga ao poder público por km rodado.
 (Sergio Perez / Reuters)

Uber x táxi: Haddad regulou serviço do aplicativo por decreto, e agora empresas terão que pagar outorga ao poder público por km rodado. (Sergio Perez / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2016 às 13h37.

São Paulo - O prefeito Fernando Haddad (PT) detalhou na manhã desta terça-feira, 10, a regulamentação de aplicativos de transporte como a Uber em uma entrevista coletiva na Prefeitura. A regulamentação por decreto deverá ocorrer nesta quarta-feira, 11.

As empresas de transporte que rodarem por aplicativo na cidade terão de pagar uma outorga ao poder público. A expectativa é de que o preço inicial seja de R$ 0,10 por quilômetro rodado.

As empresas também terão de fornecer à Prefeitura as informações da viagem, como itinerário e tempo decorrido.

Na prática, o decreto é uma tentativa de Haddad de evitar que a Uber e outros aplicativos acabem com o táxi na cidade.

O valor da outorga servirá, segundo o plano da Prefeitura, para regular a quantidade de serviço oferecido: se a demanda por táxi cair muito, o poder público pode limitar a quantidade de quilômetros rodados vendidos ou aumentar o preço do quilômetro.

A Prefeitura não deixou claro quantos quilômetros vai liberar inicialmente para as empresas rodarem. "Será o equivalente a colocar mais 5.000 táxis na rua", informou o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto.

Como há carros da Uber que não rodam o dia todo, como os táxis, Tatto afirma que o número de veículos em circulação possa ser maior.

Haddad afirmou esperar que a publicação do decreto possa permitir à Prefeitura fiscalizar e apreender carros da Uber caso a empresa não se adapte às novas regras. Por decisão da Justiça, tomada antes da criação de nova legislação, o poder público não pode guinchar carros de aplicativos.

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