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No Rio, 84 pessoas são presas após confrontos em protesto

Alguns presos foram enquadrados em crimes da lei que tipifica crime organizado, como formação de quadrilha, dano ao patrimônio público, roubo e lesão corporal

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 21h21.

Rio de Janeiro – A Polícia Civil divulgou hoje (16) balanço informando que 84 pessoas foram presas e apreendidas após confronto e atos de vandalismo ontem (15) no centro da cidade, depois da manifestação de professores e demais profissionais em defesa da educação.

Alguns dos presos foram enquadrados em crimes da lei que tipifica o crime organizado, como formação de quadrilha, dano ao patrimônio público, e roubo, além de lesão corporal. Eles estão sendo levados para unidades prisionais, depois de terem feito exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal.

Conforme o balanço, do total, 20 menores de idade foram apreendidos. A Polícia Militar levou mais de 190 pessoas para as delegacias durante o protesto . A maioria foi ouvida e liberada.

“Nós olhamos esse grupo [de presos] como um bando, no conceito do Código Penal. Para a gente, minimamente há uma organização. A Polícia Civil não analisa a pessoa. Analisa o fato que é apresentado. O delegado tem autonomia, tem independência para olhar o fato. Se o delegado entendeu pela tipificação de quadrilha ou bando, ou corrupção de menores, ou pela lei de organização criminosa, ele teve convicção e elementos para isso. Claro que esse fato será submetido ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”, disse a chefe da Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, que divulgou o balanço.

Segundo a polícia, foram apreendidos com os manifestantes objetos, como facas, máscaras contra gás, luvas, latas de spray de tinta, pedras portuguesas e azulejos, além de bexigas de borracha com fezes e urina. Os tais objetos foram colocados em uma mesa durante a divulgação do balanço.

Martha Rocha não precisou a origem das facas – se estavam com várias pessoas ou se foram encontradas em algum lugar – mas sustentou que os indiciamentos foram fundamentados e ressaltou que caberá ao Ministério Público e à Justiça a palavra final.

De acordo com a chefe da Polícia Civil, imagens, gravadas em diferentes momentos, de homens que aparecem disparando tiros em direção aos manifestantes e policiais militares fazendo uso de armas de fogo estão sendo analisadas e que os casos serão investigados. Um jovem foi baleado e precisou de atendimento hospitalar.

“Eu quero lembrar que a Polícia Civil tem agido e, em determinados casos, instaurado procedimentos por abuso de autoridade. Essas imagens, a exemplo de todos os fatos, serão examinadas pela Polícia Civil, que vai buscar a identidade dessas pessoas. Hoje mesmo deslocamos um delegado para ouvir uma pessoa que foi ferida [a bala]. Não haverá, por parte da Polícia Civil, qualquer tipo de ação que não seja buscar a identificação desse autores”, declarou a delegada.

Em nota, o secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, informou que telefonou para a delegada Martha Rocha e pediu prioridade na identificação dos autores dos disparos. "Além de fazer disparo para o alto ser crime, temos que apurar se esta ação tem alguma relação com o jovem que foi atingido", disse Zaqueu, na nota.

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Rio de Janeiro – A Polícia Civil divulgou hoje (16) balanço informando que 84 pessoas foram presas e apreendidas após confronto e atos de vandalismo ontem (15) no centro da cidade, depois da manifestação de professores e demais profissionais em defesa da educação.

Alguns dos presos foram enquadrados em crimes da lei que tipifica o crime organizado, como formação de quadrilha, dano ao patrimônio público, e roubo, além de lesão corporal. Eles estão sendo levados para unidades prisionais, depois de terem feito exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal.

Conforme o balanço, do total, 20 menores de idade foram apreendidos. A Polícia Militar levou mais de 190 pessoas para as delegacias durante o protesto . A maioria foi ouvida e liberada.

“Nós olhamos esse grupo [de presos] como um bando, no conceito do Código Penal. Para a gente, minimamente há uma organização. A Polícia Civil não analisa a pessoa. Analisa o fato que é apresentado. O delegado tem autonomia, tem independência para olhar o fato. Se o delegado entendeu pela tipificação de quadrilha ou bando, ou corrupção de menores, ou pela lei de organização criminosa, ele teve convicção e elementos para isso. Claro que esse fato será submetido ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”, disse a chefe da Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, que divulgou o balanço.

Segundo a polícia, foram apreendidos com os manifestantes objetos, como facas, máscaras contra gás, luvas, latas de spray de tinta, pedras portuguesas e azulejos, além de bexigas de borracha com fezes e urina. Os tais objetos foram colocados em uma mesa durante a divulgação do balanço.

Martha Rocha não precisou a origem das facas – se estavam com várias pessoas ou se foram encontradas em algum lugar – mas sustentou que os indiciamentos foram fundamentados e ressaltou que caberá ao Ministério Público e à Justiça a palavra final.

De acordo com a chefe da Polícia Civil, imagens, gravadas em diferentes momentos, de homens que aparecem disparando tiros em direção aos manifestantes e policiais militares fazendo uso de armas de fogo estão sendo analisadas e que os casos serão investigados. Um jovem foi baleado e precisou de atendimento hospitalar.

“Eu quero lembrar que a Polícia Civil tem agido e, em determinados casos, instaurado procedimentos por abuso de autoridade. Essas imagens, a exemplo de todos os fatos, serão examinadas pela Polícia Civil, que vai buscar a identidade dessas pessoas. Hoje mesmo deslocamos um delegado para ouvir uma pessoa que foi ferida [a bala]. Não haverá, por parte da Polícia Civil, qualquer tipo de ação que não seja buscar a identificação desse autores”, declarou a delegada.

Em nota, o secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, informou que telefonou para a delegada Martha Rocha e pediu prioridade na identificação dos autores dos disparos. "Além de fazer disparo para o alto ser crime, temos que apurar se esta ação tem alguma relação com o jovem que foi atingido", disse Zaqueu, na nota.

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