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"No plenário, o resultado será diferente", diz senador do PT

Costa afirmou que não foi surpreendido pelo resultado da votação, pois os líderes dos partidos "escolheram a dedo" os membros da comissão


	Senador Humberto Costa (PT-PE): "Ainda que possamos dizer que não é certa uma possibilidade da nossa vitória"
 (Moreira Mariz/Agência Senado)

Senador Humberto Costa (PT-PE): "Ainda que possamos dizer que não é certa uma possibilidade da nossa vitória" (Moreira Mariz/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2016 às 15h39.

Brasília - A votação na Comissão Especial do Impeachment do Senado terminou em 15 a 5 pela admissibilidade do processo, mas o líder do governo, senador Humberto Costa (PT-PE), afirmou ter confiança de que o resultado será diferente no plenário.

"Ainda que possamos dizer que não é certa uma possibilidade da nossa vitória, teremos sem dúvida o número de votos que, lá na frente, será suficiente para impedirmos a materialização desse golpe", disse.

Costa afirmou que não foi surpreendido pelo resultado da votação, pois os líderes dos partidos "escolheram a dedo" os membros da comissão que já tinham posicionamento firmado a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Porém, se disse satisfeito com a discussão que os governistas propuseram durante as sessões da comissão: "A participação dos governistas foi muito cristalina e deixou absolutamente claro que o que estão chamando de crime é apenas um pretexto para um processo político de retirada da presidente."

Sobre o relatório lido quarta-feira pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), voltou a dizer que tratou-se de um "contorcionismo retórico" que não traz "qualquer evidência de qualquer crime político ou de responsabilidade praticado por Dilma."

Segundo o líder, ainda não há posicionamento firmado sobre a possibilidade de entrar com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) - assunto que deve ser discutido no decorrer do dia entre a base do governo.

Ele seguiu chamando o impeachment de "golpe". "O golpe de hoje não precisa ter armas e paredões para se concretizar. Basta a propagação de uma série de mentiras, de argumentos sofismáticos e, acima de tudo, uma maioria oportunista que quer chegar ao poder sem ter o voto da população", criticou.

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