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No Mato Grosso, professora acusa alunos de tentar envenená-la

Professora ministrava aula no 1º ano do Ensino Médio quando alguns alunos começaram a borrifar um desodorante em spray nos fundos da sala de aula

Juscimeira (MT): caso aconteceu na sexta-feira, 8, na Escola Estadual Santa Elvira (Prefeitura de Juscimeira/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 11h32.

Cuiabá - A professora Célia de Oliveira Schonherr, de 46 anos, acusa alunos do Ensino Médio de tentar matá-la por envenenamento.

O caso aconteceu na sexta-feira, 8, na Escola Estadual Santa Elvira, em Juscimeira, interior de Mato Grosso . Na delegacia, Célia registrou boletim de ocorrência por tentativa de homicídio.

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Segundo a coordenação pedagógica da escola, a professora ministrava aula no 1º ano do Ensino Médio quando alguns alunos começaram a borrifar um desodorante em spray nos fundos da sala de aula.

Célia pediu para que os adolescentes parassem mas, como não foi atendida, decidiu tirar todos da sala devido ao cheiro forte e terminou a aula no corredor.

Antes de se dirigir à turma do 6º ano para dar a próxima aula, a professora bebeu água e, imediatamente, sentiu a garganta arder.

Também relatou um forte cheiro de álcool na garrafa, de acordo com a escola. No dia seguinte, Célia afirmou à direção que suspeitava que algum aluno do Ensino Médio tivesse colocado perfume em sua garrafa d'água.

O marido da professora, Adriano Schoenherr, disse que Célia está internada em Juscimeira para exames e que vomita qualquer alimento que ingere.

"São crianças que conhecem a minha esposa desde bebês. A gente fica com o coração apertado, pois são crianças", disse.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação afirmou que "acompanha com atenção" o estado de saúde da professora e que ela "está sob cuidados médicos, desde a semana passada, após uma crise alérgica". A escola realizou reunião com pais e alunos.

O caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar da cidade. O depoimento da professora está em mãos do delegado de Juscimeira, Bruno Sérgio Magalhães, para despacho.

A coordenação pedagógica da escola afirma que a garrafa d'água teria sido recolhida pela diretora, mas não soube informar se o líquido passará por perícia.

Célia dá aulas de Português no ensino médio e fundamental há 16 anos. Por telefone, a coordenação pedagógica disse lamentar que o caso tenha acontecido numa cidade tão pequena onde todos se conhecem.

A professora disse que, mesmo ciente das dificuldades na área de educação, nunca imaginou que seria um dia vítima da suposta tentativa de homicídio.

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