Bolsonaro, Maia e Alcolumbre: se Congresso não aprovasse MP hoje medida cadocaria (Presidência da República/Divulgação)
Reuters
Publicado em 16 de outubro de 2019 às 19h16.
Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 19h20.
Brasília — O Senado aprovou nesta quarta-feira (16) medida provisória que reformula a estrutura administrativa do Executivo, e retira a articulação política do governo das mãos da Casa Civil, comandada pelo ministro Onyx Lorenzoni.
A tarefa, agora, segundo o texto da MP, passa a ser atribuição da Secretaria de Governo, chefiada por Luiz Eduardo Ramos.
Nesta semana, a tramitação foi feita a toque de caixa, já que a medida perderia a validade se não fosse votada nesta quarta pelo Senado. Na terça, ela já havia sido chancelada pela Câmara dos Deputados. Agora, segue à sanção presidencial.
A tramitação na Câmara teve seus sustos, causados pela crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o PSL. Antes do início da votação na terça, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO) orientou os deputados da sigla a obstruir a proposta, contrariando o presidente Jair Bolsonaro.
A ação da legenda ocorreu por causa de uma crise instalada entre o presidente e o partido depois que Bolsonaro disse a um apoiador, que pretendia ingressar como pré-candidato, para “esquecer o PSL” e que o dirigente da sigla estava “queimado“. Desde então Bolsonaro deu indícios de que pretende deixar a legenda e tem buscado apoio jurídico para que os deputados que o seguirem não percam seus mandatos..
Em entrevista a jornalistas, Waldir justificou que orientou a obstrução para evitar que deputados do PSL que não estão em plenário recebam falta. “Os parlamentares em sua maioria estavam em reunião aqui na liderança e para que eles não levassem faltas eu tive de sair correndo aqui para obstruir, mas já vou lá e vou adequar essa orientação”, disse.
Ao entrar em obstrução, o PSL se uniu ao posicionamento do PT, PSB, PDT, PSOL e PCdoB contra o governo na questão da MP. A medida é vista como uma resposta à operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal nesta terça em endereços de Bivar.