Nº de brasileiros presos no exterior cresce 30% em dois anos
Segundo Ministério das Relações Exteriores, aumento expressivo foi registrado na América do Sul, onde número de presos passou de 757, em 2012, para 864, em 2013
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2014 às 18h55.
Brasília - Em dois anos, o número de brasileiros presos no exterior passou de 2,5 mil, em 2011, para 3.209, em 2013. Um aumento de quase 30%, segundo dados divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O tráfico e o porte de drogas estão entre os principais delitos, correspondendo a 30% dos casos.
Segundo a pasta, um aumento expressivo foi registrado na América do Sul, onde o número de presos passou de 757, em 2012, para 864, no ano passado.
Os maiores aumentos deram-se no Paraguai e na Bolívia. Os principais crimes na região são narcotráfico e porte de drogas, que correspondem a 33,33% do total. Em 2013, dos 288 presos, por esses motivos, 128 foram presos no Paraguai, 48 na Bolívia e 34 na Argentina.
De acordo com a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, ministra Luiza Lopes da Silva, o aumento não está relacionado apenas à ocorrência de crimes, mas também a uma maior presença do consulado brasileiro em órgãos públicos e delegacias no exterior.
Além disso, o possível aumento de policiamento nos demais países é apontado como um dos motivos para o crescimento das prisões.
Embora o maior aumento seja na América do Sul, a maior parte dos presos está na Europa: 1.108 pessoas.
O principal crime praticado na região também é o narcotráfico e porte de drogas, que totalizam 496 casos, 44% ao total. Por esses motivos, estão detidos 150 brasileiros Espanha, 118 na Itália e 76 em Portugal.
A América do Sul aparece em segundo lugar. Em terceiro, está a América do Norte, com 729 prisões, das quais 726 pessoas estão nos Estados Unidos. Na região, o narcotráfico representa 2,06% dos casos.
A maior parte foi presa por irregularidade migratória, assassinato, assalto, violência doméstica, estupro, direção sob influência de álcool e drogas, entre outras causas.
A ministra destacou o caso da Ásia, que aparece em quarto lugar, com 417 presos. No Japão, onde estão 407 brasileiros, na maioria jovens, o narcotráfico corresponde a 25% dos casos.
"Temos um caso de delinquência juvenil. Não temos nenhuma outra situação desse tipo em nenhum outro país", afirmou.
Segundo Luiza, a pasta identificou que, entre os fatores que levam à delinquência, está a evasão escolar. Ela explica que muitas famílias vão para o Japão para trabalhar como operárias e não sabem se vão ficar ou não por muito tempo.
Os pais, pelo trabalho, não têm condições de acompanhar os filhos. "A carga escolar é muito pesada no Japão, os pais estão em fábricas a maior parte do tempo e não conseguem dar a assistência necessária. Muitos estudantes brasileiros são vítimas de bullying e acabam deixando a escola, ficam ociosos e acabam indo para as ruas, formando gangues", diz.
Para tentar dar uma assistência aos jovens presos, o MRE, no ano passado, levou o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) para o Japão.
Pelo exame, os brasileiros recebem certificação do nível fundamental ou médio. Em Tóquio, 26 presos fizeram o exame no ano passado. Neste ano, são 35 inscritos. O ministério pretende levar o exame para prisões de outros países.
Os demais brasileiros presos estão na África (40), Oriente Médio (20), América Central (18) e Oceania (13). Ao todo, o governo gastou cerca de US$ 120 mil com assistência aos brasileiros presos, no ano passado.
Brasília - Em dois anos, o número de brasileiros presos no exterior passou de 2,5 mil, em 2011, para 3.209, em 2013. Um aumento de quase 30%, segundo dados divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O tráfico e o porte de drogas estão entre os principais delitos, correspondendo a 30% dos casos.
Segundo a pasta, um aumento expressivo foi registrado na América do Sul, onde o número de presos passou de 757, em 2012, para 864, no ano passado.
Os maiores aumentos deram-se no Paraguai e na Bolívia. Os principais crimes na região são narcotráfico e porte de drogas, que correspondem a 33,33% do total. Em 2013, dos 288 presos, por esses motivos, 128 foram presos no Paraguai, 48 na Bolívia e 34 na Argentina.
De acordo com a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, ministra Luiza Lopes da Silva, o aumento não está relacionado apenas à ocorrência de crimes, mas também a uma maior presença do consulado brasileiro em órgãos públicos e delegacias no exterior.
Além disso, o possível aumento de policiamento nos demais países é apontado como um dos motivos para o crescimento das prisões.
Embora o maior aumento seja na América do Sul, a maior parte dos presos está na Europa: 1.108 pessoas.
O principal crime praticado na região também é o narcotráfico e porte de drogas, que totalizam 496 casos, 44% ao total. Por esses motivos, estão detidos 150 brasileiros Espanha, 118 na Itália e 76 em Portugal.
A América do Sul aparece em segundo lugar. Em terceiro, está a América do Norte, com 729 prisões, das quais 726 pessoas estão nos Estados Unidos. Na região, o narcotráfico representa 2,06% dos casos.
A maior parte foi presa por irregularidade migratória, assassinato, assalto, violência doméstica, estupro, direção sob influência de álcool e drogas, entre outras causas.
A ministra destacou o caso da Ásia, que aparece em quarto lugar, com 417 presos. No Japão, onde estão 407 brasileiros, na maioria jovens, o narcotráfico corresponde a 25% dos casos.
"Temos um caso de delinquência juvenil. Não temos nenhuma outra situação desse tipo em nenhum outro país", afirmou.
Segundo Luiza, a pasta identificou que, entre os fatores que levam à delinquência, está a evasão escolar. Ela explica que muitas famílias vão para o Japão para trabalhar como operárias e não sabem se vão ficar ou não por muito tempo.
Os pais, pelo trabalho, não têm condições de acompanhar os filhos. "A carga escolar é muito pesada no Japão, os pais estão em fábricas a maior parte do tempo e não conseguem dar a assistência necessária. Muitos estudantes brasileiros são vítimas de bullying e acabam deixando a escola, ficam ociosos e acabam indo para as ruas, formando gangues", diz.
Para tentar dar uma assistência aos jovens presos, o MRE, no ano passado, levou o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) para o Japão.
Pelo exame, os brasileiros recebem certificação do nível fundamental ou médio. Em Tóquio, 26 presos fizeram o exame no ano passado. Neste ano, são 35 inscritos. O ministério pretende levar o exame para prisões de outros países.
Os demais brasileiros presos estão na África (40), Oriente Médio (20), América Central (18) e Oceania (13). Ao todo, o governo gastou cerca de US$ 120 mil com assistência aos brasileiros presos, no ano passado.