Brasil

Nível do Cantareira continua em queda e atinge 9,6%

O nível dos reservatórios caiu 0,2 ponto percentual


	Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari: há exatamente um ano, o nível dos reservatórios era de 62% de sua capacidade total
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari: há exatamente um ano, o nível dos reservatórios era de 62% de sua capacidade total (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 10h17.

São Paulo - O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira registrou nova queda nesta quarta-feira, 7, de 0,2 ponto porcentual, atingido apenas 9,6% da capacidade total do conjunto de reservas.

Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume de água armazenado nos mananciais é o menor já registrado em 40 anos de operação do sistema. Ao longo da última semana, o índice acumula queda de 1,1 p.p.

Para efeito de comparação da situação crítica do Cantareira, há exatamente um ano, o nível dos reservatórios era de 62% de sua capacidade total, volume de água seis vezes maior do que o atual.

De acordo com o último relatório divulgado pelo comitê anticrise, chefiado por técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) de São Paulo, a situação dos dois principais reservatórios do sistemas é ainda mais grave.

Responsáveis por 82% da capacidade total do Cantareira, na segunda-feira (5) as represas Jaguari e Jacareí estavam com apenas 2,6% do total de água que são capazes de armazenar.

A concessionária e o governo de São Paulo, seu acionista majoritário, esperam iniciar a captação do chamado volume morto (água do fundo dos reservatórios) já no próximo dia 15.

Segundo o governo estadual, o gatilho para o início da exploração seria, justamente, o esgotamento desses dois reservatórios.

O uso do volume morto exigiu da Sabesp um investimento de R$ 80 milhões na compra de bombas e em obras de infraestrutura.

O montante não inclui o esperado aumento nos custos com energia elétrica, para o bombeamento, e com materiais de tratamento, devido à presença de mais sedimentos da água localizada no fundo das reservas.

Além de investimentos emergenciais, outras medidas adotadas para garantir o abastecimento de água na Grande São Paulo, podem reduzir em cerca de R$ 1 bilhão o resultado líquido da Sabesp em 2014.

Diante da perspectiva financeira negativa, a concessionária já anunciou um corte de R$ 900 milhões no orçamento previsto para outros investimentos e despesas no ano

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEstatais brasileirasEmpresas estataisServiçosSabespÁguaSecasSaneamento

Mais de Brasil

“Rio atmosférico” pode provocar até 200 mm de chuva no RS nesta semana

Governo do Rio envia ao STF plano para retomar controle de áreas dominadas pelo crime

Moraes concede prisão domiciliar para general Augusto Heleno

Justiça condena Washington Reis por fraude imobiliária em Duque de Caxias