Favelas em Niterói: vice-prefeito de Niterói informou que a maior parte do investimento será aplicada em ações de urbanização em comunidades carentes (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2014 às 19h37.
Rio de Janeiro - Empréstimo de US$ 26,47 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) permitirá à prefeitura de Niterói, na região metropolitana do Rio, iniciar um programa de desenvolvimento urbano e de inclusão social em áreas vulneráveis.
A contrapartida do governo local é US$ 17,66 milhões e está inserida nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas comunidades que serão atendidas, bem como nas obras feitas pela administração municipal.
O financiamento inclui Niterói no Procidades. É um mecanismo de crédito destinado a financiar projetos de desenvolvimento urbano integrado, para melhoria da qualidade de vida da população nos municípios brasileiros de pequeno e médio portes. De acordo com o BID, Niterói é a décima-quarta cidade brasileira a integrar o Procidades.
O vice-prefeito de Niterói, Axel Grael, informou que a maior parte do investimento, equivalente a 70% do total, será aplicada em ações de urbanização em comunidades carentes. Outro destaque será a mobilidade urbana. Será implantado um centro de controle operacional para o trânsito na cidade.
“Vai ser um sistema que irá controlar, por meio de uma central, a periodicidade dos sinais”. O tempo de abertura e fechamento dos sinais obederá à necessidade do trânsito.
Além disso, haverá controle sobre o número de carros que passarão pelos sinais. “É um sistema moderno de gestão do trânsito. E é importante porque, através de recursos do PAC, nós estamos implantando a Transoceânica, que é um novo sistema de transporte coletivo para a cidade”.
Outro projeto que integra o contrato com o BID diz respeito à recuperação do centro da cidade. “O investimento é para a implantação do Parque das Águas, em um morro localizado no centro de Niterói”. Segundo Axel Grael, o parque terá acessos e infraestrutura para a população ter um espaço de convivência no centro da cidade, “que hoje é bastante degradado e vai ser revitalizado”.
O vice-prefeito disse que as comunidades beneficiadas pertencem à região do Morro do Bumba, onde as chuvas de abril de 2010 provocaram uma tragédia, com a morte de 168 pessoas. “É uma região bastante importante e sofrida da cidade”. As obras serão iniciadas no segundo semestre deste ano.