Nevoeiro fecha aeroportos do Rio e atrapalha torcedores
Mau tempo para decolagem fechou o aeroporto Santos Dumont por algumas horas no início da manhã, cancelando mais de um terço dos voos que partiriam do local
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2014 às 14h49.
Rio de Janeiro/São Paulo - Um nevoeiro que cobriu parte da Baía de Guanabara nesta terça-feira de manhã atrapalhou a vida de centenas de pessoas que tinham viagem marcada para assistir a jogos da Copa do Mundo , incluindo a partida Brasil x México em Fortaleza, provocando a primeira grande dor de cabeça nos aeroportos do país durante a competição.
O mau tempo para decolagem fechou o aeroporto Santos Dumont no centro do Rio por algumas horas no início da manhã, cancelando mais de um terço dos voos que partiriam do local. O aeroporto internacional Tom Jobim também ficou fechado por conta do nevoeiro.
"Sou brasileiro e não desisto. Estou confiante que vou chegar (a Fortaleza) e que vou ver o Brasil ganhar. Vale a pena o sacrifício. Volto de madrugada para trabalhar normalmente amanhã", disse o torcedor João Pedro Abreu na área de espera do Santos Dumont. O aeroporto foi reaberto quando o nevoeiro diminuiu, mas a escala apertada significa que 27 de 63 decolagens foram canceladas até 11h. O tempo adverso em Curitiba também provocou cancelamento de 50 por cento dos voos, de acordo com a Infraero.
O fechamento de aeroportos teve reflexo na rede doméstica, reforçando a dependência de uma situação tranquila nos aeroportos para o desenrolar da Copa do Mundo, uma vez que a imensa maioria dos deslocamentos entre as 12 cidades-sede é feita por via aérea.
"Você não pode culpar os organizadores pelo nevoeiro, mas isso realmente é uma decepção", disse o expatriado norte-americano Michael Hayden. O voo do irmão dele de Chicago para o Rio foi desviado, atrapalhando os planos de assistirem a um jogo juntos à tarde.
Companhias aéreas afirmaram que uma queda nas viagens de negócios durante a Copa do Mundo pode prejudicar suas receitas, enquanto a exposição da viagem de torcedores estrangeiros pode colocar o foco sobre uma indústria que sofre com atrasos regularmente.
Passageiros que lotaram o saguão do Santos Dumont devido aos cancelamentos reclamaram bastante. Sofiane Bekhe, um argelino que ficou preso no Rio enquanto seu time se preparava para entrar em campo contra a Bélgica em Belo Horizonte, lamentou a ideia de perder um jogo para o qual pagou caro por um ingresso.
"Paguei 6.000 euros para vir ao Brasil e não posso ver o jogo", disse Bekhe, que mora em Paris. "Estou no Brasil há três dias e só quero ir para casa." (Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier)