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Não teve briga, continua amor, diz Heleno sobre saída de Santos Cruz

"É um casamento, mas chegaram à conclusão de que não era a hora de ele continuar", disse

Augusto Heleno: "É tudo especulação, não tem nada a ver" (Arquivo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2019 às 19h38.

Brasília — O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse na noite desta quinta-feira (13), que a saída de Carlos Alberto dos Santos Cruz do governo, demitido hoje da Secretaria de Governo, foi resultado de "um conjunto de coisas que acontecem". De acordo com Heleno, não houve briga entre o presidente Jair Bolsonaro e Santos Cruz. "Não teve briga, não teve nada. Continua amor, são amigos de 40 anos, continuam a ser amigos", disse.

"O presidente, ele próprio, está usando uma metáfora bastante apropriada para a situação: é um casamento, de muito longa duração, mas chegaram à conclusão de que não era a hora de ele continuar. Porque o casamento precisava ser interrompido", disse Heleno.

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Santos Cruz foi alvo recentemente de críticas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, sobre os rumos da comunicação no Palácio do Planalto. Também se envolveu em polêmicas com o escritor Olavo de Carvalho, considerado o guru do bolsonarismo. Questionado sobre se essas polêmicas teriam motivado a demissão de Santos Cruz, Heleno respondeu: "É tudo especulação, não tem nada a ver". "Isso aí não é nada que tenha sido determinante para isso aí."

Nesta noite, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o general do Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira assumirá a Secretaria de Governo no lugar de Carlos Alberto dos Santos Cruz. Ramos é comandante militar do Sudeste e fica baseado em São Paulo. Ainda não há previsão de chegada do novo ministro ao Palácio do Planalto no início da

Segundo apurou a reportagem, Santos Cruz foi avisado em reunião nesta quinta-feira, antes de Bolsonaro viajar a Belém, no Pará, onde cumpre agenda. Estavam presentes no encontro o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.

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