Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em depoimento à CPI da Covid (Jefferson Rudy/Agência Senado)
Reuters
Publicado em 5 de julho de 2021 às 11h28.
Última atualização em 5 de julho de 2021 às 11h29.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira de manhã que "não há pressa" em desobrigar o uso de máscaras em meio à pandemia de Covid-19 no Brasil e destacou que a medida será adotada com base na ciência.
Há quase um mês, o presidente Jair Bolsonaro disse que o ministro iria emitir um parecer para liberar o uso da proteção facial para pessoas já vacinadas ou que já contraíram a doença, mesmo diante do alto índice de contaminação e mortes por Covid no país e da demora no avanço da vacinação.
O presidente também disse na ocasião, de forma errada, que pessoas já vacinadas contra a Covid não transmitem a doença. Especialistas nacionais e internacionais de saúde afirmam o contrário e recomendam a manutenção do uso de máscara mesmo após a vacinação.
"Primeiro é necessário fazer um estudo científico. Depois que vem o estudo, aí o parecer é emitido. Não há pressa para se fazer isso. Isso tem que ser feito com base na ciência, o que temos defendido de forma reiterada", disse Queiroga quando indagado por jornalistas sobre o assunto.
"O Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos está trabalhando com essa solicitação que foi feita pelo presidente da República", acrescentou.
A manifestação de Queiroga ocorreu após ele ter visitado uma unidade de saúde de Brasília em que vacinou contra a Covid-19 ministros do governo, como o titular da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.