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Não há hipótese de se repetir no DF fatos do dia 8, diz interventor federal

Cappelli afirmou que, após a identificação das ameaças, uma reunião dos comandos da segurança pública no DF foi convocada para preparar o planejamento

DF: "Nunca mais a capital federal verá o que aconteceu", disse o intervertor (Marcelo Camargo//Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de janeiro de 2023 às 12h28.

Última atualização em 11 de janeiro de 2023 às 12h33.

O interventor federal na segurança do Distrito Federal Ricardo Cappelli disse nesta quarta-feira que "não há hipótese de se repetir na capital federal os fatos inaceitáveis que aconteceram no último dia 8", quando golpistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

Em entrevista convocada após a detecção de novas ameaças de golpe em mensagens que anunciam uma "Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder", Cappelli afirmou que, após a identificação das ameaças, uma reunião dos comandos da segurança pública no DF foi convocada para preparar o planejamento.

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"Queremos tranquilizar população", disse o interventor. "Nunca mais a capital federal verá o que aconteceu. Temos total apoio do efetivo, das corporações, dos homens de segurança do DF, que têm compromisso com a República e estado democrático de direito". Ele ainda disse que os servidores que trabalham na Esplanada dos Ministérios, que foi fechada, podem continuar trabalhando tranquilamente.

De acordo com o interventor, as manifestações previstas para ocorrer perto do Palácio do Buriti, sede do governo distrital, e na Esplanada. Haverá um bloqueio nas regiões e, no início da Esplanada, terá operação de revista.

"Aos que pretendem repetir, o que tenho a dizer é simples: a lei será cumprida", enfatizou. "O direito à livre manifestação não se confunde com terrorismo, com atentado às instituições democráticas, não se confunde com ataque ao patrimônio público, ataque à democracia".

Segundo Capelli, os homens da segurança pública do DF são os mesmos do último domingo (8), quando houve falha na segurança que permitiu a invasão das sedes dos três Poderes. Na ocasião, houve falta de comando, enfatizou. Agora, a diferença é que ele mesmo acompanhará pessoalmente a operação, emendou.

"Não mudaram os homens. Os homens da PM são os mesmos que conduziram operação exemplar na posse de Lula", destacou. "No domingo, o secretário de segurança pública (Anderson Torres) estava nos Estados Unidos. Segurança pública se faz com liderança e comando", afirmou, em coletiva de imprensa na sede da Secretaria de Segurança Pública do DF.

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) ser acionado para impedir novos atos golpistas, o ministro Alexandre de Moraes determinou que autoridades de todos os níveis federativos tomem providências para conter tentativas de bloqueio de rodovias e ocupação de prédio públicos e executem a prisão em flagrante dos envolvidos.

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