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"Não é obrigação da oposição garantir quórum", diz Ivan Valente

Para o deputado do PSOL, não realizar a votação na próxima quarta (2) dá tempo para a oposição conseguir os 342 votos necessários para aprovar a denúncia

Ivan Valente: "Nós do PSOL somos a favor de não dar o quórum regimental" (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Ivan Valente: "Nós do PSOL somos a favor de não dar o quórum regimental" (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2017 às 17h28.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 09h51.

Brasília - O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) defendeu que a oposição obstrua a votação e não dê quórum para votar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer na próxima quarta-feira, 2.

"Não é obrigação da oposição dar quórum para votar a denúncia. Pelo contrário, isso iria facilitar a vida do governo. Nós do PSOL somos a favor de não dar o quórum regimental", disse.

Para o deputado, como novos fatos podem surgir e a pressão popular aumentar, não realizar a votação na próxima quarta é o melhor caminho para que a denúncia avance.

"Nós acreditamos que podemos chegar aos 342 votos, é só uma questão de tempo", disse.

Os partidos da oposição estão divididos sobre qual estratégia seguir. Enquanto integrantes da Rede também defendem essa posição, parte do PT, PCdoB e PDT afirma que é preciso marcar presença para deixar claro para o País quem está do lado do presidente, que foi acusado de corrupção passiva.

"Quero ver os parlamentares com coragem de ir ao microfone e apoiar esse governo", afirma Orlando Silva (PCdoB-SP). "Devemos chegar cedo, ir ao plenário juntos, e denunciar o desmonte que o Brasil vive."

Nesta terça-feira, 1, os partidos da oposição devem fazer uma reunião para tentar fechar uma posição conjunta sobre o assunto.

Para dar início à votação, será necessário um quórum mínimo de 342 deputados.

Se os oposicionistas decidirem obstruir a sessão, dificilmente o governo conseguirá alcançar este número.

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