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Na TV, PT tem programa mostrando Lula e criticando TSE

O início da propaganda petista, que teve o candidato a vice Fernando Haddad como principal narrador, apresentou uma crítica ao tribunal

Lula: p programa mostra ainda a vigília em Curitiba, onde Lula está preso desde abril (Sergio Lima/ Bloomberg/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 1 de setembro de 2018 às 16h19.

São Paulo - O programa eleitoral dos candidatos a presidente na TV estreou neste sábado com o PT mostrando e centrando sua propaganda no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , apesar da decisão tomada nesta madrugada pelo Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) que rejeitou o registro da candidatura de Lula e proibindo que ele aparecesse como candidato.

O início da propaganda petista, que teve o candidato a vice Fernando Haddad como principal narrador, apresentou uma crítica ao tribunal eleitoral.

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"Atenção. A ONU já decidiu que Lula poderia ser candidato e ser eleito presidente do Brasil. Mesmo assim, a vontade do povo sofreu um duro golpe com a cassação da candidatura pelo TSE. A coligação O Povo Feliz de Novo entrará com todos os recursos para garantir o direito de Lula ser candidato. Não vão aprisionar a vontade do povo", começa a propaganda petista por meio de um locutor.

O programa mostra ainda a vigília em Curitiba, onde Lula está preso desde abril cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).

"A decisão está tomada, eu vou com Lula até o fim", afirma Haddad. "Faço aqui um juramento de lealdade a Lula. Nós não vamos descansar. Vamos trazer o Brasil de Lula de volta e libertar os brasileiros de toda essa injustiça", acrescenta o candidato a vice, que é o Plano B do PT e deverá assumir a cabeça de chapa.

O programa petista, que mostra Lula se defendendo e dizendo que sabe que passará para a história como o presidente que mais fez inclusão social no Brasil, termina com o jingle "é o Lula, é Haddad, é o povo. É o Brasil feliz de novo. Treze!".

Não votar com raiva

Dono de quase a metade de todo o tempo de TV, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, iniciou seu programa com uma atriz dizendo-se indignada com a situação do país, mas defendendo que o eleitorado não pode votar "com raiva" desta vez, numa aparente alusão ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

"Eu não sou diferente de vocês. Eu também estou p. da vida. Eu também acho que do jeito que está, não pode ficar. Mas por mais indignada que eu esteja --e eu estou, muito-- eu decidi que neste ano eu não vou votar com raiva", afirma.

"Com raiva a gente não pensa. E quando a gente não pensa, a chance de fazer besteira aumenta", completa. "É hora do equilíbrio, é hora do bom senso, é hora de alguém que resolva, usando a cabeça e o coração."

A propaganda do tucano volta a usar uma inserção em que aparece um projétil destruindo objetos que representam os problemas do país e termina quase atingindo a cabeça de uma criança, sendo substituída pela mensagem "não é na bala que se resolve".

O programa afirma, ainda, que o eleitor já deve ter ouvido falar de Alckmin, "mas não do Geraldo", numa tentativa de mostrar o lado humano do candidato e enfatizando o fato de ele ser médico de formação.

A candidata da Rede, Marina Silva, usou o pouco tempo que dispõe na TV para fazer um discurso voltado às mulheres, reforçando a retórica voltado ao eleitorado feminino que adotou recentemente.

"Juntas, nós somos fortes. Eu vou trabalhar todos os dias para que ninguém diga que você não pode. Você pode sim. Essa luta é nossa", disse Marina dirigindo-se às mulheres.

Com apenas oito segundos de tempo de TV, Bolsonaro usou a propaganda para dizer: "Vamos caminhar juntos em defesa da família e da nossa pátria. Rumo à vitória".

O candidato do PDT, Ciro Gomes, usou sua propaganda para lembrar de sua proposta de limpar o nome de brasileiros endividados e, afirmando ter pouco tempo de TV, mas "muitas ideias" para o país, convidou o eleitor a visitar seu site.

Já o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, candidato ao Planalto pelo MDB, voltou a afirmar que trabalhou sob o governo Lula, assim como sob o presidente Michel Temer, e se auto-intitulou como "aquele cara que os governos chamam para resolver problemas que eles não sabem a solução"

"Agora eu só volto para o governo se você me chamar", disse o candidato emedebista.

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