Na ONU, Brasil rechaça intervenção militar na Síria
O assunto foi tema de uma sessão extraordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação na Síria
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2012 às 10h02.
Brasília - O Brasil rechaçou hoje (1º) a possibilidade de adoção de uma resolução em favor de intervenção militar na Síria na tentativa de conter a série de violência na região. A embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Nazareth Farani Azevêdo, defendeu que as autoridades sírias solucionem o impasse internamente, mas que uma Comissão de Inquérito das Nações Unidas investigue as denúncias de violações de direitos humanos no país. O assunto foi tema de uma sessão extraordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação na Síria.
“Não há solução militar para a atual crise na Síria, e o governo sírio é o principal responsável por criar as condições necessárias para que o plano de seis pontos [negociado pelo emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan] possa prosperar”, disse a embaixadora, na sessão extraordinária, em Genebra, na Suíça. “Estamos extremamente preocupados com os relatos que descrevem a atual situação na Síria como de pré-guerra civil”, completou.
A possibilidade de intervenção militar é defendida pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, os esforços diplomáticos não têm sido suficientes para conter a violência na Síria. Porém, os Estados Unidos defendem que a intervenção ocorra apenas com o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas – no qual há resistências da Rússia, que é contra a medida.
Segundo a embaixadora Maria Nazareth Azevêdo, há um “senso de urgência” na Síria devido aos relatos de massacre, como o ocorrido em Houla, no dia 27, matando 108 pessoas, inclusive crianças.
“[Condenamos] nos termos mais fortes possíveis os assassinatos, confirmados por observadores das Nações Unidas, de dezenas de homens, mulheres e crianças e ferimentos de centenas na aldeia de El-Houleh, perto de Homs”, ressaltou ela.
Para a representante do Brasil, é essencial que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, coopere com as ações em busca da implementação da paz na região. “É imperativo que o governo sírio coopere plenamente com a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria e ponha fim imediato ao movimento de tropas em direção às áreas urbanas”, disse.
A embaixadora reiterou a necessidade de investigar as acusações de crimes de violação de direitos humanos e contra a humanidade na Síria. “Em conformidade com o nosso apoio a todas as resoluções anteriores sobre abusos de direitos humanos na Síria adotadas por este Conselho, pela Assembleia Geral da ONU e pela Unesco, o Brasil insta a Comissão de Inquérito a investigar as mortes e estabelecer responsabilidades por esses crimes”, disse a diplomata.
Brasília - O Brasil rechaçou hoje (1º) a possibilidade de adoção de uma resolução em favor de intervenção militar na Síria na tentativa de conter a série de violência na região. A embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Nazareth Farani Azevêdo, defendeu que as autoridades sírias solucionem o impasse internamente, mas que uma Comissão de Inquérito das Nações Unidas investigue as denúncias de violações de direitos humanos no país. O assunto foi tema de uma sessão extraordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação na Síria.
“Não há solução militar para a atual crise na Síria, e o governo sírio é o principal responsável por criar as condições necessárias para que o plano de seis pontos [negociado pelo emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan] possa prosperar”, disse a embaixadora, na sessão extraordinária, em Genebra, na Suíça. “Estamos extremamente preocupados com os relatos que descrevem a atual situação na Síria como de pré-guerra civil”, completou.
A possibilidade de intervenção militar é defendida pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, os esforços diplomáticos não têm sido suficientes para conter a violência na Síria. Porém, os Estados Unidos defendem que a intervenção ocorra apenas com o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas – no qual há resistências da Rússia, que é contra a medida.
Segundo a embaixadora Maria Nazareth Azevêdo, há um “senso de urgência” na Síria devido aos relatos de massacre, como o ocorrido em Houla, no dia 27, matando 108 pessoas, inclusive crianças.
“[Condenamos] nos termos mais fortes possíveis os assassinatos, confirmados por observadores das Nações Unidas, de dezenas de homens, mulheres e crianças e ferimentos de centenas na aldeia de El-Houleh, perto de Homs”, ressaltou ela.
Para a representante do Brasil, é essencial que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, coopere com as ações em busca da implementação da paz na região. “É imperativo que o governo sírio coopere plenamente com a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria e ponha fim imediato ao movimento de tropas em direção às áreas urbanas”, disse.
A embaixadora reiterou a necessidade de investigar as acusações de crimes de violação de direitos humanos e contra a humanidade na Síria. “Em conformidade com o nosso apoio a todas as resoluções anteriores sobre abusos de direitos humanos na Síria adotadas por este Conselho, pela Assembleia Geral da ONU e pela Unesco, o Brasil insta a Comissão de Inquérito a investigar as mortes e estabelecer responsabilidades por esses crimes”, disse a diplomata.