Na era PT, Casa Civil totaliza 5 ministros e muitos escândalos
Antes de Gleisi Hoffman, passaram pelo cargo José Dirceu, Dilma Rousseff, Erenice Guerra e Antonio Palocci
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h43.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h33.
São Paulo – Gleisi Hoffmann é a quinta pessoa a ocupar a Casa Civil desde que o PT chegou à Presidência de República em 2003. Embora o Brasil não tenha um cargo oficial de primeiro ministro, a pasta é considerada a mais importante do governo, pois envolve as articulações políticas e o gerenciamento dos principais programas sociais e econômicos. Antes de Gleisi, passaram pelo cargo José Dirceu, Dilma Rousseff, Erenice Guerra e Antonio Palocci, sendo os três primeiros no governo Lula Com exceção de Dilma, os demais caíram após escândalos. Relembre cada caso nas páginas a seguir.

2 /4(Ana Araújo/Veja)
São Paulo – De todos os que passaram pela Casa Civil, José Dirceu é tido pelos analistas como o mais poderoso. Ele tinha carta branca de Lula para fazer todas as negociações com o Congresso e era visto como sucessor natural do ex-presidente. Dirceu ficou no cargo de janeiro de 2003 a junho de 2005, derrubado pelo escândalo do mensalão. Na época, era deputado federal e teve seu mandato cassado na Câmara, se tornando inelegível até 2015. Atualmente é consultor político e econômico de empresas privadas.

3 /4(Prefeitura de SP/Divulgação)
São Paulo – Dilma Rousseff é a única que não saiu da Casa Civil por causa de escândalos. Após a queda de José Dirceu, ela foi escolhida por Lula para gerenciar os programas econômicos e sociais. A articulação política não seria mais feita por esse ministério até o fim do governo. Chamada de “Mãe do PAC” pelo ex-presidente, Dilma ganhou popularidade principalmente após a decisão de Lula de nomeá-la sua candidata à Presidência da República. Dilma ficou no cargo de junho de 2005 até março de 2010, quando deixou o governo para se dedicar à campanha eleitoral.

4 /4(Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)
São Paulo – Erenice Guerra era o braço direito de Dilma Rousseff na Casa Civil e foi nomeada ministra-chefe em abril de 2010. Antes, porém, em 2008, foi acusada de irregularidades no uso do cartão corporativo do governo. Já no cargo de ministra-chefe da Casa Civil, Erenice envolveu-se em outro escândalo. O empresário do setor de transportes Fábio Baracat acusou Israel Guerra, filho de Erenice, de participar de um esquema de tráfico de influência, em que Guerra cobraria propina de 6% para facilitar, por seu intermédio, negócios com o governo. Demitida em setembro de 2010, foi substituída interinamente por Carlos Eduardo Esteves Lima, que conduziu o cargo nos meses finais do governo Lula.
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