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Mutirão de vacinação contra gripe quer ampliar taxa de cobertura

Foram adquiridas 60 milhões de doses da vacina, que protege contra os três subtipos do vírus da gripe recomendados pela Organização Mundial da Saúde

Vacinação: a campanha terá 36 mil salas de vacinação e a participação de aproximadamente 240 mil pessoas (Karoly Arvai/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de maio de 2017 às 18h51.

O Ministério da Saúde realiza neste sábado (13) o chamado Dia D de mobilização contra a gripe em postos de vacinação de todo o país. A expectativa é vacinar 54,2 milhões de pessoas até o dia 26 de maio.

Foram adquiridas 60 milhões de doses da vacina, que protege contra os três subtipos do vírus recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para este ano (A H1N1; A H3N2 e B).

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A campanha terá 36 mil salas de vacinação e a participação de aproximadamente 240 mil pessoas.

Além disso, serão utilizados mais de 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais, que possibilitarão a vacinação em populações que vivem em áreas de difícil acesso, como as ribeirinhas e os povos indígenas.

A mobilização é uma parceria do Ministério da Saúde com as secretarias estaduais e municipais de saúde e tem como objetivo reforçar a importância da vacinação do grupo prioritário pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O público-alvo da campanha de 2017 são crianças de 6 meses até 5 anos; idosos com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional, portadores de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além de professores.

A meta, neste ano, é vacinar 90% deste público até o fim da campanha. De acordo com Ministério da Saúde, a vacina demora ao menos 15 dias para fazer efeito, por isso a importância da vacinação o quanto antes para evitar o contato com o vírus.

Imunização

Até o momento, 18,4 milhões de brasileiros procuraram os postos de saúde em todo o país. O número representa 36% do público-alvo.

Os estados com a maior cobertura vacinal, até o momento, são Paraná (57,6%), Rio Grande do Sul (56,1%), Santa Catarina (53,2%) e Amapá (48,7%).

Já os que registraram menor cobertura foram Pará (16,4%), Roraima (17,6%), Piauí (20%), Mato Grosso (23,2%), Rio de Janeiro (24%) e Amazonas (24%).

Entre a população prioritária, os idosos registraram a maior cobertura vacinal, com 9,1 milhões de doses aplicadas, o que representa 43,8% deste público.

Os grupos que menos se vacinaram foram os indígenas (18,7%), crianças (26,6%), professores (25,7%) e gestantes (32%).

Doenças crônicas

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação.

Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

A escolha dos grupos segue recomendação da OMS e são priorizados os mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

Balanço

O Brasil já registrou, até o dia 6 de maio, 605 casos de influenza em todo o país com 99 mortes. Do total, 30 foram por gripe A H1N1 e oito evoluíram para morte.

Em relação ao vírus influenza A (H3N2), foram registrados 398 casos e 52 mortes. Houve ainda 111 casos e 30 óbitos por influenza B.

Os outros 66 casos e 9 óbitos foram por influenza A não subtipada.

Em todo o ano passado, o Ministério da Saúde registrou 12.174 casos de influenza de todos os tipos no país. Deste total, 10.625 foram por influenza

A (H1N1), sendo 1.987 óbitos. Em relação ao vírus influenza A (H3N2), foram notificados 49 casos e 10 mortes em 2016.

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