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Municípios em situação de emergência no AM receberão ajuda

Quase 6 mil famílias dos municípios de Itamarati, Guajará, Ipixuna e Eirunepé foram atingidos pela cheia do Rio Juruá

Amazonas: uma parte dos recursos foi destinada para a operação de logística que vai possibilitar a chegada da ajuda humanitária aos quatro municípios afetados pela cheia (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Amazonas: uma parte dos recursos foi destinada para a operação de logística que vai possibilitar a chegada da ajuda humanitária aos quatro municípios afetados pela cheia (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de março de 2017 às 18h54.

Uma megaoperação envolvendo os governos federal, estadual e municipal vai levar cerca de 500 toneladas em ajuda humanitária aos municípios amazonenses de Itamarati, Guajará, Ipixuna e Eirunepé, que estão em situação de emergência devido à cheia do Rio Juruá.

Quase 6 mil famílias foram afetadas pela enchente e vão receber mais de 360 mil kits de mantimentos, de limpeza e higiene, colchões, fraldas descartáveis infantis e geriátrica, galões de água, entre outros produtos.

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, esteve no Amazonas hoje (28) para anunciar o apoio à população.

"O governo federal está aqui aliado ao governo do estado e às prefeituras dos municípios atingidos pela enchente do Juruá no sentido de se solidarizar e garantir a minimização do sofrimento daqueles que estão atingidos pelas enchentes dos rios dessa região no nosso país", disse.

"Um montante de mais de R$ 9 milhões investidos pelo governo federal estão sendo entregues para a Defesa Civil do estado para que, a partir de hoje, com a saída dessas balsas, possam o mais rápido chegar até os municípios atingidos", completou Barbalho.

Uma parte dos recursos, R$ 523 mil, foi destinada para a operação de logística que vai possibilitar a chegada da ajuda humanitária aos quatro municípios afetados pela cheia.

O dinheiro foi investido no aluguel de uma balsa, duas lanchas, um barco e de um caminhão, além da contratação de uma tripulação especializada.

A Fundação de Vigilância Sanitária (FVS) também participa da operação e disponibilizou 10 mil unidades de hipoclorito de sódio para purificação da água, além de microscópios, termonebulizadores e pulverizadores de inseticidas para combate a endemias.

De acordo com o secretário-executivo da Defesa Civil do Amazonas, coronel Fernando Pires Júnior, a ajuda humanitária foi antecipada pelo estado para atender as famílias da calha do Juruá.

E já existe um planejamento para as outras calhas, caso a situação se agrave.

"Há um plano de contingência. O governo do estado, preocupado com a situação dos nossos ribeirinhos, já contingenciou cerca 6,4 mil toneladas de ajuda humanitária. A Defesa Civil do estado já está com os planos elaborados para que cada calha que for enchendo e transbordando nós possamos atender rapidamente e preventivamente também para que a gente possa colocar na normalidade social a população ribeirinha atingida pela cheia de 2017", explicou o coronel.

O governador do Amazonas, José Melo, adiantou que a previsão é que o estado tenha uma grande cheia em 2017.

"As informações que nós temos da meteorologia é que continua chovendo muito na Amazônia peruana e na Amazônia colombiana. Essas águas todas virão para a calha do Solimões, que já está em alerta vermelho. Isso significa dizer que vai entrar em situação emergência. O Solimões vem como uma cadeia, como se fosse uma onda, e influencia também no Purus, no Madeira, no Içá e no Rio Negro. O indicativo que a gente tem é que haverá uma grande cheia este ano, não só no Juruá, mas nos outros rios também", ressaltou Melo.

Na próxima sexta-feira (31), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) vai divulgar o primeiro boletim com a previsão oficial da cheia de 2017.

Atualmente, mais três municípios do leito do Juruá e sete do Solimões estão em situação de alerta.

Mais sete municípios do Baixo Amazonas estão em situação de atenção para enchente.

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