Exame Logo

Município paulista confirma sétima morte por febre maculosa

A vítima, um homem de 37 anos, residia no bairro Antônio Zanaga, uma região de represas, na zona leste da cidade de Americana, no interior do estado

Febre maculosa: prefeitura interditou 15 áreas onde foi detectada a presença do carrapato-estrela, transmissor da doença (Universal Images Group/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de junho de 2018 às 18h43.

A prefeitura de Americana, no interior de São Paulo , confirmou nesta quarta-feira, 27, a sétima morte pelo surto de febre maculosa que atinge o município.

A vítima, um homem de 37 anos, residia no bairro Antônio Zanaga, uma região de represas, na zona leste da cidade.

Veja também

Familiares relataram que ele esteve nas margens do Rio Atibaia, onde vivem capivaras, principal hospedeiro do carrapato-estrela, que transmite a doença.

Este mês, a prefeitura havia confirmado a febre maculosa como causa da morte de uma menina de 7 anos, moradora do mesmo bairro.

As outras cinco mortes aconteceram em maio e todas as vítimas moravam nessa mesma região. O município ainda investiga se a febre causou a morte de outras duas pessoas, entre elas, uma criança de dois anos.

A prefeitura interditou 15 áreas onde foi detectada a presença do carrapato-estrela, incluindo pontos turísticos da cidade, como a Praia dos Namorados, Praia Azul, Prainha do Zanaga e pesqueiros do Rio Piracicaba. Placas instaladas nesses locais advertem as pessoas para que não entrem nas áreas, por causa do risco de pegar a doença.

Em Pedreira, na mesma região, foram confirmadas duas mortes por febre maculosa. As vítimas são uma mulher de 60 anos e um adolescente de 17 anos.

Ambas teriam sido infectadas ao frequentarem um lago em propriedade particular, no Jardim Andrade. A prefeitura instalou placas no acesso e nas margens do Rio Jaguari, alertando para o risco.

A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, causada pela bactéria Rickettsia ricketsii, transmitida ao homem pela picada de carrapatos, principalmente o estrela. Não há transmissão direta entre humanos.

Em 93% dos casos, o paciente necessita de hospitalização e, em 64%, a doença evolui para óbito, segundo estudo da Secretaria da Saúde do Estado. No ano passado, foram notificados 14 casos e 9 óbitos pela doença no Estado. Em 2016, tinham sido 64 casos e 37 mortes.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEstado de São PauloMortesSaúde

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame