MTE localiza 17 peruanos em condições de escravidão em SP
Os estrangeiros trabalhavam em uma confecção da cidade e tiveram documentos expropriados e limitações para sair à rua
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2014 às 16h24.
São Paulo - Funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego localizaram ontem, sexta-feira, 17 peruanos trabalhando em condições análogas à escravidão em uma confecção da cidade de São Paulo , informaram neste sábado à Agência Efe fontes oficiais.
De acordo com o cônsul geral do Peru em São Paulo, Arturo Jarama, alguns de seus compatriotas tiveram documentos expropriados e "muitas" limitações para sair à rua, sobretudo aqueles que tinham começado a trabalhar havia pouco tempo e ainda não tinham ganhado a confiança dos proprietários, também de origem peruana.
"Me deu a impressão de que alguns estavam como sequestrados, sobretudo os estavam há menos tempo", afirmou Jarama, que detalhou que "alguns tinham liberdade e outros não".
A denúncia foi realizada pelo Consulado do Peru à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania depois que um trabalhador fugiu da empresa e relatou os fatos."Estava em estado de choque", contou o cônsul.
Segundo o testemunho de alguns trabalhadores, as jornadas trabalhistas duravam em alguns casos até 16 horas diárias e o salário era de R$ 25 semanais, explicou Jarama, que comentou que os 17 peruanos viviam amontoados na mesma casa.
O cônsul descreveu, no entanto, que outros empregados argumentaram que trabalhavam menos horas e cobravam mais.
"Eles estão agora sob o cuidado das autoridades brasileiras e nós, como consulado, estamos dispostos a seguir as medidas que o juiz definir", sustentou Jarama.
Segundo o Índice mundial de escravidão publicado no ano passado pela Fundação Walk Free, o Brasil lidera a luta contra a escravidão na América Latina, apesar de ainda haver nesse país cerca de 200 mil pessoas escravizadas.
São Paulo - Funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego localizaram ontem, sexta-feira, 17 peruanos trabalhando em condições análogas à escravidão em uma confecção da cidade de São Paulo , informaram neste sábado à Agência Efe fontes oficiais.
De acordo com o cônsul geral do Peru em São Paulo, Arturo Jarama, alguns de seus compatriotas tiveram documentos expropriados e "muitas" limitações para sair à rua, sobretudo aqueles que tinham começado a trabalhar havia pouco tempo e ainda não tinham ganhado a confiança dos proprietários, também de origem peruana.
"Me deu a impressão de que alguns estavam como sequestrados, sobretudo os estavam há menos tempo", afirmou Jarama, que detalhou que "alguns tinham liberdade e outros não".
A denúncia foi realizada pelo Consulado do Peru à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania depois que um trabalhador fugiu da empresa e relatou os fatos."Estava em estado de choque", contou o cônsul.
Segundo o testemunho de alguns trabalhadores, as jornadas trabalhistas duravam em alguns casos até 16 horas diárias e o salário era de R$ 25 semanais, explicou Jarama, que comentou que os 17 peruanos viviam amontoados na mesma casa.
O cônsul descreveu, no entanto, que outros empregados argumentaram que trabalhavam menos horas e cobravam mais.
"Eles estão agora sob o cuidado das autoridades brasileiras e nós, como consulado, estamos dispostos a seguir as medidas que o juiz definir", sustentou Jarama.
Segundo o Índice mundial de escravidão publicado no ano passado pela Fundação Walk Free, o Brasil lidera a luta contra a escravidão na América Latina, apesar de ainda haver nesse país cerca de 200 mil pessoas escravizadas.