MST protesta e relembra Massacre de Eldorado dos Carajás
As ações que fazem parte do Abril Vermelho vão ocorrer em 1,8 mil cidades
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Brasília e Rio de Janeiro - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) inicia hoje (17) várias manifestações pelo país para marcar a luta contra a violência no campo e assassinatos de agricultores. As ações vão ocorrer em 1,8 mil cidades.
Os protestos fazem parte do Abril Vermelho, jornada de lutas do MST para lembrar o Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, quando 21 trabalhadores rurais foram mortos em um confronto com a Polícia Militar do Pará.
Em Pernambuco, 12 rodovias foram bloqueadas, segundo o movimento. Em Porto Alegre, a Secretaria Estadual de Educação foi ocupada por sem terras que pedem maior investimento governamental na educação. Em Fortaleza, os manifestantes ocuparam a sede do Departamento Nacional das Obras Contra as Secas, para negociar a situação de camponeses afetados pela estiagem.
Em Brasília, os sem-terra, em parceria com servidores do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), distribuíram duas toneladas de alimentos produzidos em acampamentos e projetos de assentamento. Foram entregues cerca de 800 sacolas com quiabo, feijão de corda, mandioca, batata doce, chuchu, abóbora e abobrinha verde.
Para Reginaldo Marcos Aguiar, diretor da Associação dos Servidores da Reforma Agrária em Brasília, a parceria é para mostrar "que a luta por essa reforma não é só uma luta política, mas também tem o objetivo de deixar claro que os assentamentos da reforma agrária, do Incra e da agricultura familiar produzem alimentos de qualidade, sem agrotóxico e sem causar mal a quem os consome".
Por volta das 10h, cerca de 500 sem-terra marcharam na Esplanada dos Ministérios em memória aos trabalhadores mortos no Massacre de Eldorado dos Carajás. No ato, eles carregavam caixões e cruzes.
Integrantes do movimento participaram de uma reunião no Ministério da Justiça (MJ). Segundo o representante do MST no Distrito Federal, Diego Moreira, o grupo cobrou “agilidade nos processos de julgamento e condenação dos mandantes e executores de crimes no campo". "Chega de impunidade.” Em resposta, o ministério informou que vai conversar com os tribunais e o Conselho Nacional de Justiça para buscar atender a reivindicação do movimento.
No Rio de Janeiro, os sem-terra protestaram em frente à Superintendência Estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para exigir um plano emergencial para assentamento de 150 mil famílias em todo o país.
Cantando músicas e carregando bandeiras e com os dizeres "Chega de Violência no Campo" e "Queremos Reforma Agrária Já", o grupo, com cerca de 200 pessoas, começou a passeata no bairro da Glória, na zona sul, e seguiu até a sede da companhia Vale, no centro da cidade, onde se junto à manifestação organizada pela Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale.
A manifestação foi acompanhada por homens da Guarda Municipal e parou o trânsito na região.
De acordo com um dos representantes do diretório nacional do MST, Marcelo Durão, os trabalhadores querem retomar as negociações com o governo. "Estamos neste mês de abril inteiro cobrando da presidenta Dilma Rousseff uma medida em relação aos assentamentos.
A discussão pela reforma agrária está parada, então é importante nós acionarmos, tanto o Poder Judiciário como o governo para termos a obtenção de terras e a realização desses assentamentos", disse Durão.
Segundo dados do Incra, o número de famílias assentadas no estado do Rio chegou a 92 no ano passado, contra 113 em 2011.
Brasília e Rio de Janeiro - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) inicia hoje (17) várias manifestações pelo país para marcar a luta contra a violência no campo e assassinatos de agricultores. As ações vão ocorrer em 1,8 mil cidades.
Os protestos fazem parte do Abril Vermelho, jornada de lutas do MST para lembrar o Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, quando 21 trabalhadores rurais foram mortos em um confronto com a Polícia Militar do Pará.
Em Pernambuco, 12 rodovias foram bloqueadas, segundo o movimento. Em Porto Alegre, a Secretaria Estadual de Educação foi ocupada por sem terras que pedem maior investimento governamental na educação. Em Fortaleza, os manifestantes ocuparam a sede do Departamento Nacional das Obras Contra as Secas, para negociar a situação de camponeses afetados pela estiagem.
Em Brasília, os sem-terra, em parceria com servidores do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), distribuíram duas toneladas de alimentos produzidos em acampamentos e projetos de assentamento. Foram entregues cerca de 800 sacolas com quiabo, feijão de corda, mandioca, batata doce, chuchu, abóbora e abobrinha verde.
Para Reginaldo Marcos Aguiar, diretor da Associação dos Servidores da Reforma Agrária em Brasília, a parceria é para mostrar "que a luta por essa reforma não é só uma luta política, mas também tem o objetivo de deixar claro que os assentamentos da reforma agrária, do Incra e da agricultura familiar produzem alimentos de qualidade, sem agrotóxico e sem causar mal a quem os consome".
Por volta das 10h, cerca de 500 sem-terra marcharam na Esplanada dos Ministérios em memória aos trabalhadores mortos no Massacre de Eldorado dos Carajás. No ato, eles carregavam caixões e cruzes.
Integrantes do movimento participaram de uma reunião no Ministério da Justiça (MJ). Segundo o representante do MST no Distrito Federal, Diego Moreira, o grupo cobrou “agilidade nos processos de julgamento e condenação dos mandantes e executores de crimes no campo". "Chega de impunidade.” Em resposta, o ministério informou que vai conversar com os tribunais e o Conselho Nacional de Justiça para buscar atender a reivindicação do movimento.
No Rio de Janeiro, os sem-terra protestaram em frente à Superintendência Estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para exigir um plano emergencial para assentamento de 150 mil famílias em todo o país.
Cantando músicas e carregando bandeiras e com os dizeres "Chega de Violência no Campo" e "Queremos Reforma Agrária Já", o grupo, com cerca de 200 pessoas, começou a passeata no bairro da Glória, na zona sul, e seguiu até a sede da companhia Vale, no centro da cidade, onde se junto à manifestação organizada pela Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale.
A manifestação foi acompanhada por homens da Guarda Municipal e parou o trânsito na região.
De acordo com um dos representantes do diretório nacional do MST, Marcelo Durão, os trabalhadores querem retomar as negociações com o governo. "Estamos neste mês de abril inteiro cobrando da presidenta Dilma Rousseff uma medida em relação aos assentamentos.
A discussão pela reforma agrária está parada, então é importante nós acionarmos, tanto o Poder Judiciário como o governo para termos a obtenção de terras e a realização desses assentamentos", disse Durão.
Segundo dados do Incra, o número de famílias assentadas no estado do Rio chegou a 92 no ano passado, contra 113 em 2011.