Brasil

MPF quer suspender venda de planos e chips no Ceará

Ministério Público Federal no Ceará ajuizou ação civil contra a Anatel e as empresas Claro, Oi, TIM e Vivo para que melhorem a qualidade do serviço prestado


	Homem ao celular: ação pede que operadoras deixem de vender chips, novos acessos e planos por pelo menos 180 dias
 (Gregg Newton/Bloomberg)

Homem ao celular: ação pede que operadoras deixem de vender chips, novos acessos e planos por pelo menos 180 dias (Gregg Newton/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 17h24.

Brasília - O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) ajuizou uma ação civil pública contra a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as empresas de telefonia móvel Claro, Oi, TIM e Vivo para que apresentem, no prazo de 90 dias, planos de melhoria da qualidade do serviço prestado no estado.

Na ação, a procuradora da República Nilce Cunha pede que seja determinado que as quatro operadoras deixem imediatamente de vender chips, novos acessos e novos planos pelo prazo mínimo de 180 dias, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

A ação, encaminhada à Justiça Federal, é baseada no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembleia Legislativa para investigar a prestação dos serviços da telefonia móvel no estado.

Entre as deficiências apontadas estão a ausência de investimentos das operadoras em relação ao crescimento da demanda, a ausência de sinal, queda nas chamadas, lentidão na internet, cobranças indevidas, dificuldade de acesso à banda larga móvel, preços exorbitantes e dificuldades para cancelar o vínculo com as prestadoras.

O MPF quer o detalhamento dos valores investidos e das medidas a serem adotadas pelas operadoras para suportar a demanda e superar as deficiências e falhas no serviço.

Também pede a fixação de um cronograma com início imediato e prazo máximo de dois anos para conclusão das medidas de melhorias. A procuradora também sugere que a Anatel analise os planos apresentados, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A ação busca ainda a condenação das empresas operadoras à indenização por danos morais coletivos.

A operadora Vivo disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que a empresa não foi incluída no relatório final da CPI, pois demonstrou que atende às metas estabelecidas pelo regulamento do setor.

“A área jurídica da empresa já está em contato com o Ministério Público para esclarecer os fatos”, informou. As empresas TIM, Claro e Oi informaram que não foram notificadas da ação.

A Anatel disse que irá responder no âmbito do processo.

Acompanhe tudo sobre:3GAnatelBrasil TelecomCearáClaroEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas italianasEmpresas mexicanasEmpresas portuguesasMinistério PúblicoOiOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTelefoniaTelemarTIMVivo

Mais de Brasil

'Apagão cibernético' não afeta operações em aeroportos do Brasil, diz ministro

Apagão cibernético afeta bancos e laboratórios no Brasil; veja serviços prejudicados

Linha 4-Amarela opera com lentidão nesta sexta-feira, relatam usuários do metrô

PGR vai ao STF para se manifestar contra ação do PT que questiona privatização da Sabesp

Mais na Exame