Nuzman: o ex-dirigente do COB foi colocado em liberdade por decisão liminar do STJ. Na próxima terça-feira, o tribunal vai julgar o mérito do caso (getty images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 16h32.
Última atualização em 23 de fevereiro de 2018 às 16h32.
Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) defendeu que Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), volte a cumprir prisão preventiva em parecer encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Inicialmente Nuzman havia sido detido em outubro do ano passado sob suspeita de fazer parte de um esquema de compra de votos de membros representantes de países africanos do Comitê Olímpico Internacional para a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016.
Depois, o ex-dirigente - que dirigiu o COB por 22 anos - foi colocado em liberdade por decisão liminar do STJ. Na próxima terça-feira, o tribunal vai julgar o mérito do caso.
Em parecer ao STJ, o subprocurador-geral da República Rogério Paiva Navarro defende que o restabelecimento da prisão preventiva é a única medida eficaz para evitar que Nuzman elimine provas e prejudique as investigações.
O representante do MP destacou ainda que o ex-presidente do COB é réu por uma série de crimes, como lavagem de dinheiro e organização criminosa.
"Demais disso, o poder econômico, a complexidade da atuação e o grau de infiltração da organização criminosa em setores do Estado não torna críveis o seu desmantelamento e a interrupção automática das atividades criminosas com a prisão de alguns de seus integrantes ou mesmo com o afastamento formal do Paciente do Comitê Olímpico Brasileiro, noticiado pela Defesa", acrescentou o MP.