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MPF investigará incêndio na Vale Fertilizantes em Cubatão

Procuradores consideram "urgente" a investigação das causas do incêndio, que segundo eles podem representar risco real de saúde à população local

Incêndio em Cubatão: entre as possíveis substâncias emitidas à atmosfera está o nitrato de amônio, que causa irritações e pode gerar problemas respiratórios (Prefeitura de Cubatão/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 11h54.

São Paulo - O Ministério Público Federal em Santos (SP) determinou a instauração de um inquérito para investigar o incêndio registrado na quinta-feira em uma unidade de fertilizantes da mineradora Vale em Cubatão, devido a preocupações com possível vazamento de produtos químicos, segundo comunicado do MPF nesta sexta-feira.

Os procuradores consideram "urgente" a investigação das causas do incêndio, que segundo eles podem representar risco real de saúde à população local e dos trabalhadores da região, além de danos ao meio ambiente.

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"Entre as possíveis substâncias emitidas à atmosfera está o nitrato de amônio, que causa irritações e pode gerar problemas respiratórios", destacou o MPF.

A Vale Fertilizantes afirmou, em nota no final da noite de quinta-feira, que o incêndio foi controlado e que uma equipe seguia trabalhando "para apagar pequenos focos que não oferecem riscos".

A empresa disse que não houve vítimas e que dois bombeiros que se sentiram mal ao combater o incêndio passavam bem.

Moradores e empresas que precisaram retirar seus funcionários das proximidades após o fogo já foram autorizados a retornar.

O Gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Vale Fertilizantes, Paulo Pimenta, disse que durante o incêndio pode ter havido liberação de "fumaça levemente tóxica" na região e que a empresa irá apurar as causas do incidente

"O próximo passo é realizarmos uma investigação detalhada para descobrir a causa desse incêndio, que não é comum nesse tipo de armazém", disse o gestor, em vídeo publicado pela Vale em sua página na internet.

De acordo com a empresa, o fogo teve início em uma correia transportadora que alimenta o armazém da unidade de nitrato de amônio do complexo industrial.

A Unidade 2, atingida pelo incêndio, está em atividade desde 1970 e produz fertilizantes fosfatados e nitrogenados.

Procurada, a Vale não comentou imediatamente o pedido de abertura de inquérito do MPF de Santos.

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