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MPF em Brasília quer avaliar imunidade penal de delatores da J&F

Pedido do MPF da capital refere-se a uma falta de auxílio de executivos da J&F em cooperar com as apurações da operação Bullish

STF: apesar da coincidência da data, esse pedido não tem qualquer relação com o pedido feito na segunda-feira pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 12h47.

Última atualização em 5 de setembro de 2017 às 12h50.

Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) análise uma eventual revisão da imunidade penal concedida aos delatores da J&F sob a alegação de não estarem colaborando com investigações, conforme manifestação enviada pelo órgão nesta segunda-feira à Justiça Federal do Distrito Federal.

O pedido do MPF da capital refere-se a uma falta de auxílio de executivos da J&F em cooperar com as apurações da operação Bullish, que investiga suspeita de irregularidades em empréstimos do BNDES oferecidos ao grupo, informou uma fonte com acesso à manifestação.

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Apesar da coincidência da data, esse pedido não tem qualquer relação com o pedido de instauração de um procedimento de revisão dos benefícios concedidos a três dos sete delatores da empresa, também feito na segunda-feira pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após a revelação de um áudio em que colaboradores relataram uma suposta omissão de crimes do acordo homologado pelo STF em maio.

A manifestação do MPF de Brasília ocorreu na análise após uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) na semana passada ter ordenado o desbloqueio de bens do grupo.

Uma ordem para essa medida foi enviada para a Justiça Federal de primeira instância e, nesse momento, o procurador da República Ivan Marx avaliou que a atuação dos delatores não tem sido de colaboradores com a Justiça e defende a remessa do caso para análise do STF sobre uma eventual revisão dos benefícios da J&F.

Marx tem questionado a imunidade penal concedida aos executivos do grupo por entender que eles omitiram fatos relacionados a irregularidades na tomada de empréstimos do BNDES.

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