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MPF denuncia acusados de sonegar R$ 170 mi no ramo de etanol

Eles fazem parte de um grupo acusado de utilizar uma empresa de fachada, a Euro Petróleo, para deixar de pagar tributos entre 2008 e 2011

Etanol: o esquema consistia no uso de distribuidoras fantasmas para a comercialização de etanol (./Divulgação)

Etanol: o esquema consistia no uso de distribuidoras fantasmas para a comercialização de etanol (./Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 21h53.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o empresário Miceno Rossi Neto, o representante comercial José Luis Ricardo e o contador Glacildo de Oliveira por participação em um esquema de sonegação fiscal no ramo de combustíveis.

Os acusados fazem parte de um grupo investigado pela Operação Rosa dos Ventos, da Polícia Federal e Receita Federal, acusado de utilizar uma empresa de fachada, a Euro Petróleo, para deixar de pagar tributos entre 2008 e 2011.

A dívida consolidada com o Fisco passa de R$ 692,9 milhões, valor que inclui o montante sonegado, multas e juros.

De acordo com o MPF, o esquema consistia no uso de distribuidoras fantasmas para a comercialização de etanol, que sonegavam impostos.

Essas empresas tinham vida útil de aproximadamente quatro anos, tempo médio até que a Receita descobrisse a atuação ilegal.

Quando começavam as ser investigadas, as firmas eram desconstituídas e davam lugar a outras, também de fachada.

"Dificilmente há recuperação desses valores sonegados justamente em decorrência de essas empresas estarem em nome de laranjas, que dispõem de pouco ou nenhum patrimônio para o suporte da dívida e da ausência de elementos que vinculem essas empresas aos seus reais proprietários", destacou em nota o MPF.

A defesa dos denunciados não foi encontrada na noite de hoje para se pronunciar.

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