Estátua simboliza a justiça: eles foram citados por uma testemunha protegida pelo Ministério Público como frequentadores do chamado "ninho da corrupção" (.)
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2013 às 07h14.
São Paulo - O ex-subprefeito interino de Pinheiros Antonino Grasso (PV), que também foi secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida entre abril e outubro de 2012, deverá ser investigado pelo Ministério Público Estadual em um procedimento paralelo à apuração da máfia do Imposto sobre Serviços (ISS).
O mesmo deverá acontecer com o ex-secretário de Finanças da gestão Gilberto Kassab (PSD) Walter Aluísio e seu adjunto, Silvio Dias.
O envolvimento dos três servidores do primeiro escalão da gestão Kassab foi antecipado pelo Estado nas edições de ontem (19), no caso de Grasso, e de sexta-feira, no caso de Aluísio e Dias.
Todos foram citados por uma testemunha protegida pelo MPE como frequentadores do chamado "ninho da corrupção" - sala comercial de um prédio do Largo da Misericórdia, no centro, que era usada pelo grupo chefiado pelo fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues.
O promotor de Justiça Roberto Bodini, que lidera as investigações sobre a máfia, classifica como "grave" a informação repassada pela testemunha - de que a cúpula das Finanças de Kassab pedia e recebia favores dos fiscais suspeitos.
"Minha ideia é sanear o procedimento (investigatório sobre os fiscais do ISS). Pegar todas as menções em relação a fatos que merecem ser investigados e, para cada um, instaurar uma nova investigação. Não há recurso material nem humano para tocar tudo no meu procedimento, mas preciso dar vazão às acusações, caso contrário, a investigação não terá fim", explica Bodini. A prioridade, diz ele, é ouvir as incorporadoras suspeitas de ligação com o esquema.
Outra investigação paralela será a relação de Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM), ex-aliado de Kassab, com o grupo. Também conforme revelou o Estado, Marco Aurélio teria pedido empréstimos e negociado a venda de imóveis com Ronilson Rodrigues e Eduardo Horle Barcellos.
O promotor Bodini deve formalizar amanhã a quebra de sigilos dos fiscais Fabio Remesso e Amilcar Cançado Lemos, suspeitos de fazer parte da quadrilha. (Colaborou Fabio Leite). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.