Morte de suspeito por PMs causa protesto em Cubatão
Um ônibus foi incendiado e outros dois foram atacados a tiros; ninguém ficou ferido
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 14h02.
Sorocaba - A morte de um suspeito, baleado por policiais militares , desencadeou uma série de ataques contra ônibus, entre a noite de domingo, 8, e a madrugada desta segunda-feira, 9, em Cubatão, na Baixada Santista.
Um ônibus foi incendiado e outros dois foram atacados a tiros. Os passageiros deitaram-se no chão do coletivo para evitar as balas. Ninguém ficou ferido.
A Polícia Militar considerava a situação sob controle na manhã desta segunda. De acordo com a polícia, o suspeito foi morto após ter feito disparos contra uma viatura da Polícia Militar Rodoviária, no km 273 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. Os policiais reagiram e balearam o homem, que morreu no local.
Horas depois, moradores da Vila Esperança se reuniram para protestar contra a morte. Um grupo armado parou um ônibus, obrigou motorista e passageiros a descer e ateou fogo.
Em seguida, eles tentaram parar outros ônibus e, não sendo atendidos, fizeram disparos contra os coletivos. A vila é cortada pela Rodovia dos Imigrantes, e são comuns os assaltos a veículos com turistas.
Outros casos
Na manhã de domingo, um policial militar reagiu a uma tentativa de assalto e baleou dois suspeitos, em São Vicente, na mesma região. Um deles, um adolescente de 17 anos, morreu, e o outro continuava internado nesta segunda-feira.
O PM de 26 anos saiu do serviço e voltava de moto para casa quando foi abordado por dois ciclistas, um deles armado. O PM entregou a moto, mas atingiu os suspeitos quando tentavam fugir como veículo.
Na noite de sábado, também em São Vicente, o policial reformado William Jesus Dantas, de 46 anos, foi executado por dois ocupantes de uma moto, quando caminhava por uma rua do bairro Tancredo Neves.
Ele foi chamado pelo nome e, ao virar-se, foi atingido por três disparos de pistola. A moto, que havia sido furtada horas antes, foi abandonada próxima do local.
A polícia trabalha com hipótese de vingança ou crime encomendado e não vê relação entre os casos.