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Moro nega pedido de Cunha para deixar de julgar processo

O ex-deputado foi preso em outubro de 2016 e Moro o condenou a 15 anos e 4 meses na Operação Lava Jato

Cunha: a defesa de Cunha apontou dez motivos segundo os quais Moro deveria se considerar suspeito (Antonio Cruz/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de março de 2018 às 18h42.

São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro negou uma exceção de suspeição apresentada contra ele pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ). O ex-deputado foi preso em outubro de 2016 e Moro o condenou a 15 anos e 4 meses na Operação Lava Jato.

A defesa de Cunha apontou dez motivos segundo os quais Moro deveria se considerar suspeito. Na lista, o ex-deputado afirma que sua prisão preventiva foi uma tentativa do juiz da Lava Jato de "alavancar popularidade" e que sua transferência da Polícia Federal para o Complexo Médico-Penal tinha como objetivo forçar uma delação premiada.

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Na decisão, de 21 de fevereiro, Moro registra que é "inequívoco" o direito do réu em questionar a parcialidade do julgador. "Entendo não obstante que esse direito deveria ser exercido com prudência e sabedoria. De pronto, salta aos olhos que a exceção está fundada em diversos argumentos destituídos de mínima demonstração"" afirma o magistrado.

"A exceção é manifestamente improcedente reproduzindo argumentos manifestamente improcedentes de exceção pretérita e que já foi rejeitada por unanimidade na Corte de Apelação ou veiculando argumentos sem a mínima demonstração e que beiram a irresponsabilidade", escreveu Moro.

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