O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta segunda-feira, 16, por mais 180 dias o chamado inquérito das fake news. A nova etapa da investigação prevê o depoimento de 20 pessoas e a conclusão da análise de informações obtidas por quebra de sigilo fiscal e bancário.

De acordo com informações divulgadas pelo STF, a apuração segue focada no “gabinete do ódio”, um grupo que supostamente teria atuado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para disseminar ataques contra opositores. Desde sua abertura, em março de 2019, o inquérito tramita sob sigilo.

Na semana passada, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, já havia sinalizado a necessidade de prorrogação do inquérito. Segundo ele, eventos recentes justificaram o andamento da apuração até o próximo ano.

“Havia uma expectativa de que o inquérito se encerrasse ainda este ano, mas uma sucessão de eventos mudou o cenário”, afirmou Barroso. Ele também alertou para a continuidade de um “mar ainda um pouco agitado” ao longo de 2024.

Próximos passos

Além dos depoimentos programados, a equipe de investigação trabalhará na análise detalhada dos dados fiscais e bancários obtidos até o momento. Esses elementos são considerados cruciais para desvendar a atuação do gabinete e suas conexões.

O andamento do inquérito das fake news, ainda sem data para conclusão, continua como uma peça-chave para esclarecer a disseminação de notícias falsas no cenário político brasileiro.