Monotrilho: Metrô demite três funcionários que trabalhavam durante colisão de trens
Três funcionários foram demitidos após investigação do Metrô de São Paulo sobre o acidente que ocorreu na Linha 15-Prata
Agência de notícias
Publicado em 7 de julho de 2023 às 17h44.
Última atualização em 7 de julho de 2023 às 17h56.
O Metrô de São Paulo demitiu três funcionários que trabalhavam no momento em que houve a colisão frontal entre dois trens do monotrilho, em 8 de março. O acidente aconteceu entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto, na zona leste da capital paulista, antes do início da operação comercial.
Relembre o caso
Os demitidos são dois funcionários que estavam no controle dos trens, além de outro que cuidava do sistema operacional da Linha 15-Prata, onde ocorreu o acidente. Na ocasião, os dois controladores tiveram ferimentos, mas sem gravidade.
- Vai fazer frio em São Paulo? Confira a previsão do tempo da primeira semana de julho
- Recorde de frio: cidade de SP registra a menor temperatura do ano nesta terça; veja previsão
- Receita informará quem está devendo a declaração do IR; saiba como
- Carrefour Brasil conclui conversões de lojas do Grupo BIG seis meses antes do previsto
- Tesla supera expectativas e bate recorde de entregas no 2º trimestre
- Dramaturgo Zé Celso é internado em São Paulo após sofrer queimaduras de incêndio
Na época, o Metrô iniciou uma investigação para definir a causa da colisão. Imagens de câmeras de monitoramento mostraram que um dos trens estava na “contramão”, no sentido centro, enquanto o outro seguia no sentido correto.
Nesta sexta-feira, a empresa confirmou a demissão dos três funcionários, mas não revelou o motivo. Os nomes deles não foram informados. O "Estadão" entrou em contato com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, mas até o momento não houve retorno.
Os problemas do monotrilho
Há um histórico de problemas no monotrilho da Linha 15-Prata, por onde circulam 115 mil passageiros diariamente. Em janeiro de 2019, dois trens bateram perto da estação Sapopemba. Como agora, o acidente ocorreu fora do horário de atendimento aos passageiros. A colisão ocorreu à noite, durante uma manobra. Um laudo do Metrô apontou falha humana.
Em 27 de fevereiro de 2020, um jogo de pneus da composição M20 estourou, o que levou o Metrô a paralisar a linha. O motivo do estouro foi o contato do pneu com uma peça interna na roda, chamada run-flat, que caiu na Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo.
O run-flat é um disco metálico que serve para manter o trem em condições de trafegar em caso de esvaziamento. O Metrô suspendeu a operação do ramal por segurança e após meses de testes e análises, a empresa modificou o diâmetro do run-flat para evitar o contato.
Em 22 de setembro de 2022, um pedaço de concreto da viga do monotrilho entre as estações Oratório e São Lucas se destacou e caiu na ciclovia da Avenida Professor Luís Inácio de Anhaia Melo. O Metrô de São Paulo alegou que se tratava de um serviço de manutenção.
Já no dia 11 de janeiro de 2023, um pedaço de concreto em uma das vigas se destacou, entre as estações Vila Prudente e Oratório, causando a interrupção do trecho entre as estações Vila Prudente e Vila União. Desde o início das operações, às 4h40, o meio de transporte funcionou com restrições, sendo liberado integralmente às 16h15.