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Molon articula CPI para apurar suposto uso da Abin contra Fachin

Oposição quer investigar denúncias sobre suposto uso da Abin por Temer no mandato para "para investigar e constranger ministro do Supremo Tribunal Federal"

Deputado federal Alessandro Molon: "nossa percepção é a de que o governo não tem os votos que diz ter". (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados/Divulgação)

Deputado federal Alessandro Molon: "nossa percepção é a de que o governo não tem os votos que diz ter". (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de junho de 2017 às 21h38.

Brasília - O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) informou na noite deste sábado (10) que já articula com parlamentares a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pelo presidente Michel Temer.

De acordo com o esboço do requerimento produzido pela equipe de Molon, o pedido para a CPI na Câmara dos Deputados quer investigar denúncias sobre suposto uso da Abin e outras instituições por Temer no mandato entre 2016 e 2017 para "para investigar e constranger ministro do Supremo Tribunal Federal e o Procurador-Geral da República, de maneira a obstruir as investigações da Justiça sobre crimes praticados pelo senhor presidente da República".

O suposto uso da Abin por Temer é tema de reportagem da revista Veja publicada neste fim de semana. Segundo a publicação, o ministro do Supremo, Edson Fachin - relator do inquérito contra o presidente Michel Temer - estaria sendo monitorado pela Abin a pedido do Palácio do Planalto. A ação teria como objetivo buscar fragilidades que poderiam colocar em xeque a atuação do ministro.

O requerimento de Molon cita que a CPI teria 31 membros "para investigar, no prazo de até 120 dias, prorrogável por sessenta dias". "A denúncia é gravíssima e revela, mais uma vez, que o presidente Temer está disposto a qualquer medida, mesmo que ilegal, para se proteger da Lava Jato. Temer não está preocupado com as necessidades do país, mas, sim, em usar o cargo para se proteger da investigação contra seus crimes", afirmou Molon em nota à imprensa.

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