Paulo Bernardo: para ministro, há uma briga sobre quanto as empresas vão pagar para colocar antenas nos estádios da Copa (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2014 às 16h18.
Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, manifestou nesta quarta-feira preocupação com o atraso na instalação dos sistemas de comunicação nos estádios que terão jogos da Copa do Mundo - os maiores problemas estão nas sedes de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
Ele admitiu que esses atrasos causam tensão, mas descartou risco de pane nos sistemas durante os jogos. E ressaltou que o sistema de comunicações do País dará conta dos eventos da Copa.
Após audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, o ministro fez duras críticas ao SindiTelebrasil, sindicato nacional das empresas de telefonia, que divulgou nota alertando para as dificuldades de instalação das antenas de celular nos estádios e riscos de mau funcionamento do serviço durante os jogos da Copa.
Para Paulo Bernardo, as declarações do sindicato das empresas ajuda a tornar mais "emocionante o quadro, mas não resolve o problema". Ele sugeriu que há razões comerciais por trás do alerta do SindiTelebrasil.
"Eles não deveriam nem ficar falando essas coisas. Isso acontece em aeroporto e em outras áreas. O SindiTelebrasil precisa fazer um esforço para instalar", afirmou o ministro.
Segundo ele, as empresas estão montando uma sala nos estádios, com uma central de equipamentos, para dar vazão ao uso de celulares e de rede de pontos de Wi-Fi durante dos jogos.
Para Paulo Bernardo, há uma briga sobre quanto as empresas vão pagar para colocar antenas nos estádios da Copa. "Vira um problema comercial. Talvez por isso o SindiTelebrasil tem dado essas declarações", criticou.
ESTRESSE - Paulo Bernardo disse que tem certeza que a parte do serviço que a Telebrás fará nos estádios para a transmissão dos jogos vai funcionar.
Mas ponderou que há muito estresse, como ocorreu na Copa das Confederações, no ano passado, quando a instalação terminou pouco tempo antes da competição realizada em seis cidades brasileiras. "É evidente que isso deveria ter sido evitado. É uma situação emocionante no mau sentido, com poucos dias para colocar os equipamentos e fazer os testes", admitiu.
De acordo com ele, a preocupação é de todos, porque as obras atrasaram muito e a infraestrutura de telecomunicações é normalmente instalada depois que os estádios estão concluídos. O ministro ainda lembrou que a Arena da Baixada em Curitiba, por exemplo, só ficará pronta em 15 de maio. "Vamos ter um mês de prazo para instalar", ressaltou.
O ministro informou que a Telebrás vai instalar em cada estádio uma sala de equipamentos com dois anéis de fibra ótica. "Se houver um dano a um dos anéis, o outro vai funcionar", explicou. "Mas há um atraso. E isso causa uma tensão", enfatizou.