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Ministro revoga portarias sobre sistemas de saúde indígena

Portarias impactavam diretamente na autonomia administrativa e financeira da Secretaria Especial de Saúde Indígena e nos Distritos Sanitários Especiais

Barros: decisão ocorreu após uma forte pressão dos indígenas, que realizaram protestos em diversas regiões (Lúcio Bernardo JR/ Câmara dos Deputados/Agência Câmara)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 21h14.

Brasília - O ministro da Saúde , Ricardo Barros, decidiu revogar nesta quarta-feira, 26, duas portarias que impactavam diretamente a autonomia administrativa e financeira da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) espalhados pelo País.

A decisão ocorreu após uma forte pressão dos indígenas, que realizaram protestos em diversas regiões. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), as portarias 1.907 e 2.141, publicadas ontem e na semana passada, enfraqueciam os serviços de saúde, "negando total prestação de serviço de saúde aos povos indígenas".

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Protestos

Nesta terça, mais de 400 índios protestaram em frente ao Ministério da Saúde, em Brasília. Houve protestos em Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Santa Catarina, com bloqueios de rodovias e ocupações nas sedes dos DSEIs.

Em Bauru, cerca de 40 índios da etnias terena e guarani fizeram um protesto, nesta quarta-feira, 26, contra a portaria do governo federal que reduz a autonomia orçamentária da Sesai, em Bauru, interior de São Paulo.

Os indígenas se posicionaram em frente ao prédio do Polo Base da Saúde Indígena de Bauru com cartazes de protesto. Eles chegaram a interditar a Avenida Duque de Caxias durante a manifestação, que durou cerca de uma hora.

A Polícia Militar acompanhou o protesto. Os indígenas eram provenientes da Terra Indígena Araribá, em Avaí, cidade da região.

A previsão é de que a revogação das duas portarias seja publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira, 27.

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