Ministro fala sobre migração de emissoras de rádio
Ministro falou também sobre as recentes denúncias de espionagem de meios de comunicação brasileiros pelos Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2013 às 12h27.
Brasília – O ministro das Comunicações , Paulo Bernardo, confirmou hoje (17) que o decreto presidencial que autoriza a migração das emissoras de rádio da faixa AM para a FM deve ser assinado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 7 de novembro, em homenagem ao Dia do Radialista.
De acordo com o ministro, a migração de faixa vai melhorar a qualidade da transmissão e a audiência das rádios AM, que vêm perdendo popularidade com o passar dos anos.
Paulo Bernardo participou na manhã de hoje do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. “A decisão já foi tomada. Conversei com ela [Dilma] na semana passada e ela pretende assinar no dia 7 [de novembro]. Vamos começar extinguindo o serviço de rádio AM local, mantendo só os regional e nacional”, informou o ministro.
A migração das emissoras será opcional, gradual e deverá atingir principalmente rádios locais em cidades maiores, devido a interferências que geram perda de qualidade no sinal.
No interior, onde não há tanta interferência de obstáculos urbanos – como prédios, a expectativa é a de que as emissoras AM sejam mantidas. Em relação às emissoras regionais e nacionais, que têm grande alcance, não haverá migração. Estima-se que a maioria das 2 mil rádios AM seja local.
Para a transferência de faixas, as emissoras que não tiverem recursos poderão acessar meios de financiamento, como do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A migração das emissoras deve levar dois anos para ser finalizada.
“Vai ter que haver investimento, gastar dinheiro para trocar a transmissão, mas as emissoras passarão a ter uma rádio revitalizada, com muito mais qualidade e presença. Além disso, o público vai ter mais opções, uma rádio a mais para sintonizar”, explicou.
Durante o programa, o ministro falou também sobre as recentes denúncias de espionagem de meios de comunicação brasileiros pelos Estados Unidos – como o e-mail da presidenta Dilma e dados da Petrobras. “Esse é um episódio constrangedor e nós estamos construindo uma série de medidas para resolver.
O governo pediu urgência para o projeto de marco civil da internet, que já estabelece algumas condições para mudar isso”, disse o ministro.
Segundo ele, a construção de redes seguras de internet para o governo será feita com a dispensa de licitação. Serão contratadas a Telebras, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev).
“Esses órgãos já têm redes próprias, mas que não são interligadas e o governo não as tem usado de forma sistemática. Vamos conectá-las”, informou Paulo Bernardo, que disse que a comunicação eletrônica entre órgãos do governo deverá ser feita via rede interna (intranet), em que as mensagens são criptografadas e codificadas para dificultar vazamentos.
Segundo o ministro, o Ministério da Justiça está elaborando um Projeto de Lei (PL) para a proteção de dados individuais que será enviado ao Congresso Nacional em breve, estabelecendo que a violação de informações pessoais e privadas seja ilegal, sujeito à indenização.
De acordo com ele, o texto do decreto está sendo finalizado com a Casa Civil.
“Para invadir isso, teriam de invadir o território nacional [pois os dados ficariam hospedados no Brasil, ao contrário dos que circulam pela internet]. Nesse caso, não teriam respaldo de legalidade para isso. No território norte-americano eles entendem que é legal monitorar as informações que passam por lá”, informou.
O PL não será só sobre dados na internet, mas vai regular o direito à proteção de dados individuais. "É uma lei que vai dar garantia aos cidadãos sobre seus dados pessoais", concluiu.
Brasília – O ministro das Comunicações , Paulo Bernardo, confirmou hoje (17) que o decreto presidencial que autoriza a migração das emissoras de rádio da faixa AM para a FM deve ser assinado pela presidenta Dilma Rousseff no dia 7 de novembro, em homenagem ao Dia do Radialista.
De acordo com o ministro, a migração de faixa vai melhorar a qualidade da transmissão e a audiência das rádios AM, que vêm perdendo popularidade com o passar dos anos.
Paulo Bernardo participou na manhã de hoje do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. “A decisão já foi tomada. Conversei com ela [Dilma] na semana passada e ela pretende assinar no dia 7 [de novembro]. Vamos começar extinguindo o serviço de rádio AM local, mantendo só os regional e nacional”, informou o ministro.
A migração das emissoras será opcional, gradual e deverá atingir principalmente rádios locais em cidades maiores, devido a interferências que geram perda de qualidade no sinal.
No interior, onde não há tanta interferência de obstáculos urbanos – como prédios, a expectativa é a de que as emissoras AM sejam mantidas. Em relação às emissoras regionais e nacionais, que têm grande alcance, não haverá migração. Estima-se que a maioria das 2 mil rádios AM seja local.
Para a transferência de faixas, as emissoras que não tiverem recursos poderão acessar meios de financiamento, como do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A migração das emissoras deve levar dois anos para ser finalizada.
“Vai ter que haver investimento, gastar dinheiro para trocar a transmissão, mas as emissoras passarão a ter uma rádio revitalizada, com muito mais qualidade e presença. Além disso, o público vai ter mais opções, uma rádio a mais para sintonizar”, explicou.
Durante o programa, o ministro falou também sobre as recentes denúncias de espionagem de meios de comunicação brasileiros pelos Estados Unidos – como o e-mail da presidenta Dilma e dados da Petrobras. “Esse é um episódio constrangedor e nós estamos construindo uma série de medidas para resolver.
O governo pediu urgência para o projeto de marco civil da internet, que já estabelece algumas condições para mudar isso”, disse o ministro.
Segundo ele, a construção de redes seguras de internet para o governo será feita com a dispensa de licitação. Serão contratadas a Telebras, o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev).
“Esses órgãos já têm redes próprias, mas que não são interligadas e o governo não as tem usado de forma sistemática. Vamos conectá-las”, informou Paulo Bernardo, que disse que a comunicação eletrônica entre órgãos do governo deverá ser feita via rede interna (intranet), em que as mensagens são criptografadas e codificadas para dificultar vazamentos.
Segundo o ministro, o Ministério da Justiça está elaborando um Projeto de Lei (PL) para a proteção de dados individuais que será enviado ao Congresso Nacional em breve, estabelecendo que a violação de informações pessoais e privadas seja ilegal, sujeito à indenização.
De acordo com ele, o texto do decreto está sendo finalizado com a Casa Civil.
“Para invadir isso, teriam de invadir o território nacional [pois os dados ficariam hospedados no Brasil, ao contrário dos que circulam pela internet]. Nesse caso, não teriam respaldo de legalidade para isso. No território norte-americano eles entendem que é legal monitorar as informações que passam por lá”, informou.
O PL não será só sobre dados na internet, mas vai regular o direito à proteção de dados individuais. "É uma lei que vai dar garantia aos cidadãos sobre seus dados pessoais", concluiu.