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Ministério do Trabalho levará a Lula proposta de valorização do salário-mínimo, diz Marinho

Nos governos anteriores do PT, a política envolvia um cálculo que considerava o crescimento da economia, entre outras variáveis

Marinho fez referência ao avanço da tecnologia no mundo do trabalho, acelerado pela pandemia, e disse que tecnologia é a materialização do trabalho humano (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Marinho fez referência ao avanço da tecnologia no mundo do trabalho, acelerado pela pandemia, e disse que tecnologia é a materialização do trabalho humano (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 13h51.

Última atualização em 3 de janeiro de 2023 às 13h59.

O Ministério do Trabalho e Emprego deve apresentar ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma regra para que o salário-mínimo tenha reajustes acima da inflação todos os anos. Essa foi uma das principais bandeiras da campanha de Lula nas eleições de 2022, reafirmada pelo novo ministro da pasta, Luiz Marinho, na manhã desta terça-feira, 3.

"Vamos apresentar uma proposta de valorização real do salário-mínimo ao presidente Lula", disse Marinho durante a cerimônia de transmissão do cargo, em Brasília, realizada nesta terça-feira.

Ele não deu pistas sobre como essa política será.

Nos governos anteriores do PT, a política envolvia um cálculo que considerava o crescimento da economia, entre outras variáveis.

Produtividade do trabalho

Luiz Marinho disse também que o governo do presidente Lula quer aumentar a produtividade do trabalho no País. Segundo ele, o caminho para as mudanças nas relações trabalhistas do País está no crescimento da economia brasileira.

"Queremos e precisamos aumentar a produtividade do trabalho para gerar valor para a nossa economia", comentou ele.

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Marinho fez referência ao avanço da tecnologia no mundo do trabalho, acelerado pela pandemia, e disse que tecnologia é a materialização do trabalho humano.

Ainda de acordo com ele, o Ministério vai atuar no estímulo ao diálogo entre empresas e trabalhadores, para que as soluções para as questões do mundo do trabalho sejam fruto de discussão. "Compreendemos que as partes interessadas, trabalhadores e empresários, devem ter autonomia para investir em sistema que incentive a negociação coletiva. Negociação coletiva fundada em boas práticas requer sindicatos fortes."

Nesse sentido, Marinho disse que o Ministério vai construir uma lei para modernizar o sistema sindical no País. "Quero declarar que iremos em pouco tempo, por meio do dialogo tripartite e com Congresso, construir uma legislação que modernize nosso sistema sindical e das relações de trabalho", afirmou.

Protagonismo do trabalhador

O ministro do Trabalho e Emprego disse também que levará a agenda da pasta ao centro das decisões políticas. Ele afirmou ainda que o trabalho será o instrumento para acabar com a fome e reduzir a pobreza no País.

"Farei de tudo para que a agenda do trabalho tenha protagonismo e para que esteja no centro das decisões políticas do País", comentou Marinho.

Segundo ele, sua gestão buscará transformar o Brasil com "empregos dignos, bons salários e proteção sindical para todos e todas".

O ministro disse ainda que os empregos serão a base do avanço da economia. "Um país onde o trabalho será instrumento fundamental para acabar com a fome, reduzir a pobreza", afirmou.

Marinho repetiu o discurso de outros ministros do governo Lula sobre o desmonte de políticas públicas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

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