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Ministério da Fazenda prevê IPCA no centro da meta em 2012

De acordo com a Fazenda, o Produto Interno Bruto do país crescerá em média 5,9 por cento ao ano até 2014

O IPCA caminha para desaceleração em março e abril, em função da redução do término do efeito das tarifas de ônibus e dos preços de vários alimentos (VEJA SP)
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 17h47.

São Paulo - O Ministério da Fazenda vê a inflação e dívida pública recuando e a economia brasileira crescendo em média quase 6 por cento ao ano até 2014, puxada pela expansão dos investimentos.

Esse é o quadro relatado no boletim "Economia Brasileira em Perspectiva", espécie de sumário macroeconômico divulgado nesta terça-feira.

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De acordo com a Fazenda, o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá em média 5,9 por cento ao ano até 2014, premissa que inclui um cenário de expansão de 5 por cento este ano. O número supera a expectativa média do mercado contida no boletim Focus, divulgado na véspera, que aponta expectativa de avanço de 4,1 por cento em 2011.

"O país está preparado (..) para crescimento acima de 5 por cento entre 2011 e 2014", segundo trecho do documento.

A Fazenda também trabalha com o cenário de inflação pelo IPCA de 5 por cento em 2011, recuando para 4,5 por cento em 2012, no centro da meta fixada pelo Banco Central, devido ao recuo recente dos preços de alimentos.

"Após forte elevação no último trimestre de 2010 e janeiro e fevereiro de 2011, o IPCA caminha para desaceleração em março e abril, em função da redução dos preços de vários alimentos e do término do efeito das tarifas de ônibus e das mensalidades escolares", pontua o documento.

"Permanece alguma pressão no setor de serviços, mas que deverá reagir à desaceleração da economia e à redução dos gastos do governo." Pelo Focus divulgado esta semana, o IPCA sobe 5,82 por cento este ano e 4,80 por cento em 2012.

Ainda de acordo com o documento da Fazenda, o Brasil deve assistir à gradual expansão da taxa de investimento, que chegará a 2014 a 24,1 por cento do PIB, "suficientes para sustentar taxas anuais de crescimento acima de 5,5 por cento, sem pressões inflacionárias".

Segundo a Fazenda, o setor manufatureiro, particularmente o de bens de capital mais atingido pela crise e pela concorrência, será objeto de fortes estímulos, redução de tributos e impulso a novas tecnologias.

Ainda de acordo com o ministério, o déficit das transações correntes deve ser de 67 bilhões de dólares este ano, o equivalente a 2,9 por cento do PIB.

Além disso, a dívida líquida do setor público, que estava em 40,4 por cento do PIB no final de 2010, deve continuar caindo, até atingir em dezembro o menor nível dos últimos 14 anos, chegando a 37,8 por cento no final deste ano.

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