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Minas paga preço por sistema prisional mais rigoroso, diz Pimentel

Ataques a ônibus e prédios públicos são uma represália um suposto rigor do sistema prisional de Minas Gerais, segundo o governador do estado

Fernando Pimentel: ele disse ainda que há confirmação de que os ataques são ordenados por "uma facção criminosa" (Lucas Lacaz Ruiz/VEJA)

Fernando Pimentel: ele disse ainda que há confirmação de que os ataques são ordenados por "uma facção criminosa" (Lucas Lacaz Ruiz/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2018 às 19h41.

Belo Horizonte - Quarenta e sete pessoas foram presas ou apreendidas, suspeitas de participação nos ataques a ônibus e prédios públicos em Minas Gerais.

Segundo o governador do Estado, Fernando Pimentel (PT), as ações são uma represália um suposto rigor do sistema prisional de Minas Gerais. Pimentel disse ainda que há confirmação de que os ataques são ordenados por "uma facção criminosa", sem citar qual seria.

Segundo o secretário de Estado de Administração Prisional (Seap), Sérgio Menezes, existe a possibilidade de remanejamento de presos, que seriam ligados à facção criminosa responsável pelos ataques.

Nesta terça-feira, 5, o Estado mostrou que os ataques contra ônibus em Minas Gerais foram ordenados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

Desde domingo, 3, 26 municípios registraram ataques, conforme dados da Polícia Militar. Cerca de cinquenta ônibus foram incendiados. "A essa altura está caracterizado que foi mesmo obra, que está sendo obra de uma facção criminosa, de uma organização criminosa que atua no Brasil inteiro e que nesse momento concentrou sua atuação em Minas Gerais", disse Pimentel, que se reuniu nesta terça no Palácio da Liberdade com representantes das forças de segurança do estado. A PF também participa de reuniões sobre os ataques.

Segundo o governador, o Estado está "pagando o preço de nossos presídios, do nosso sistema prisional ser mais rigoroso do que a média brasileira. Aqui nós não afrouxamos o sistema carcerário para organização criminosa nenhuma. E por conta disso estamos pagando esse preço. Estamos sofrendo ameaça, sendo atacados".

Segundo Menezes, há informações de que presos da penitenciária de Patrocínio, no Alto Paranaíba, estariam insatisfeitos por haver bloqueadores de celular no local.

Para combater os ataques aos ônibus, a PM afirma que estabeleceu sistema de vigilância com soldados à paisana dentro dos veículos, além de trabalhar com informações da área de inteligência.

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