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Metroviários de SP decidem permanecer em greve

Paralisação deverá perdurar, pelo menos, até o próximo domingo, quando está marcado o julgamento do dissídio da greve, às 10h, no Tribunal Regional do Trabalho


	Metrô: companhia manteve sua última proposta de reajuste salarial aos metroviários, de 8,7%
 (Sergio Berenovsky/Dedoc)

Metrô: companhia manteve sua última proposta de reajuste salarial aos metroviários, de 8,7% (Sergio Berenovsky/Dedoc)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 21h27.

São Paulo - Em assembleia da categoria, os metroviários de São Paulo decidiram na noite de hoje (6) dar continuidade à greve, iniciada na quinta-feira (5).

A paralisação deverá perdurar, pelo menos, até o próximo domingo, quando está marcado o julgamento do dissídio da greve, às 10h, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Até lá, não há mais audiências de conciliação agendadas. Segundo o TRT, independente do resultado do julgamento, os metroviários deverão voltar ao trabalho logo após a sessão.

A Companhia do Metropolitano (Metrô) manteve hoje, em audiência no TRT, sua última proposta de reajuste salarial aos metroviários, de 8,7%, apresentada ontem.

Os mediadores do tribunal chegaram a propor que a empresa apresentasse um aumento de, ao menos, 9%. O Metrô, no entanto, não aceitou.

Os mediadores propuseram então que fosse dado um aumento de 8,8%, e que a participação nos lucros e resultados fosse dividida igualmente entre os empregados, uma das reivindicações dos grevistas. A empresa negou novamente.

Os metroviários afirmaram, no início da sessão, que poderiam diminuir o pedido de reajuste, de 12,2%, apresentado ontem, desde que houvesse avanço na proposta da empresa. Foi a quinta reunião de conciliação entre as partes que terminou sem acordo.

O maior entrave da negociação é o índice de reajuste. O sindicato dos metroviários pedia, inicialmente, 35,47% de aumento. O valor foi então reduzido para 16,5% e então, na última audiência, para 12,2%. O Metrô ofereceu 5,2%; 7,98% e, finalmente, 8,7%.

Como alternativa à greve, os metroviários propuseram, novamente, a abertura das catracas à população e o desconto do dia de trabalho dos funcionários.

A empresa, no entanto, negou, alegando que o Metrô não pode abrir mão da receita, por se tratar de recursos públicos. Para tanto, segundo o Metrô, seria necessário um processo legislativo.

Por decisão da Justiça, 100% os metroviários estão obrigados a, mesmo em greve, trabalhar nos horários de pico e 70% nos demais períodos. A decisão é questionada pelos trabalhadores.

O Metrô informou que o número de pessoas transportadas ontem foi o equivalente a 25% do que é registrado em um dia normal.

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