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Mesmo com chuva, água diminui no Cantareira e no Alto Tietê

Chuvas que atingiram São Paulo ontem e na madrugada de hoje não impediram queda no armazenamento dos sistemas Cantareira e Alto Tietê


	Chuva na madrugada deste sábado não foi suficiente para aumentar nível de armazenamento do sistema Cantareira
 (Divulgação/Sabesp)

Chuva na madrugada deste sábado não foi suficiente para aumentar nível de armazenamento do sistema Cantareira (Divulgação/Sabesp)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2014 às 16h30.

São Paulo - As chuvas que atingiram São Paulo ontem e na madrugada deste sábado não foram suficientes para impedir a queda nos níveis dos sistemas Cantareira e Alto Tietê, de acordo com informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O índice de armazenamento está em recuo desde os dias 5 e 3 de novembro, respectivamente.

Pela manhã, o nível de armazenamento do sistema Cantareira indicava estabilidade, mas, depois, mostrou queda de 0,1 ponto porcentual, passando de 11,6% ontem para 11,5% neste sábado. Há um ano, estava em 35,4%. No caso do sistema Alto Tietê, o nível de armazenamento foi a 8,4% ante 8,5% registrado ontem. Há um ano, o índice estava em 50,5%.

Para este sábado, o Centro de Previsões de Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) projeta chuvas localmente fortes em boa parte do Sudeste. A passagem de uma frente fria mais oceânica aumentará a instabilidade em São Paulo. Só não deve chover, conforme o Inpe, no centro-norte do Espírito Santo e no extremo nordeste de Minas Gerais. Já amanhã, segundo o Centro, faz sol e poucas nuvens no Sudoeste de São Paulo. Nas demais áreas da região, são esperadas muitas nuvens e pancadas de chuva a qualquer hora.

A crise da água em São Paulo será um dos temas que o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), debaterá com a presidente Dilma Rousseff (PT) em reunião nesta segunda-feira (10). O encontro está agendado para iniciar às 15 horas, em Brasília.

"A pauta são temas de interesse do Estado de São Paulo que têm interface com o Governo Federal. Um deles é mobilidade urbana e o outro a questão da água. Há um conjunto de obras e a participação do governo federal na questão hídrica é muito importante", disse ele a jornalistas, nesta manhã.

A participação federal pode se dar, conforme ele, pela OGU, com recursos do orçamento da União, ou por financiamento que "ajuda e é bom". Ele não revelou valores que poderiam ser viabilizados pelo governo e disse que poderá comentá-los somente após a reunião com a presidente Dilma. Os recursos a serem obtidos visam, conforme o governador, investir em projetos de saneamento na região metropolitana de São Paulo e Campinas.

Recentemente, o governo de São Paulo anunciou obras para combater a crise hídrica no Estado de São Paulo. Em conversa com a imprensa, nesta manhã, durante evento que marcou o início do programa de vacinação contra sarampo e paralisia infantil, ele citou a construção de duas estações de produção de água de reúso que vão abastecer diretamente as bacias dos sistemas Guarapiranga e Alto Cotia e a ainda as obras no Sistema São Lourenço, do qual será trazida água de Juquitiba.

"Em outubro, transferimos meio metro cúbico por segundo do Rio Grande para o Cantareira. Em novembro, entra um metro cúbico por segundo do Guarapiranga. Nós, que tirávamos do Cantareira 33 metros cúbicos por segundo, hoje tiramos 19, daqui um mês vamos tirar 18. Assim, vamos ficando meio independentes do Cantareira", concluiu Alckmin.

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