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Meirelles: eventual candidatura pode ser boa para Previdência

A avaliação do ministro foi feita ao final do almoço oferecido pelo presidente Michel Temer aos participantes da reunião de cúpula do Mercosul

Meirelles: o ministro disse que em fevereiro o governo vai avaliar se é o caso de alterar ou não a proposta de reforma (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

Meirelles: o ministro disse que em fevereiro o governo vai avaliar se é o caso de alterar ou não a proposta de reforma (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 16h34.

Brasília - Uma eventual candidatura sua à presidência da República pode jogar a favor da aprovação da reforma da Previdência, disse nesta quinta-feira, 21, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Pode até ser bom", comentou.

Ele explicou que, quando fala com deputados e senadores, costuma ouvir coisas do tipo: "O senhor fica propondo reforma da Previdência porque não vai disputar eleição. Eu que vou ter de enfrentar o eleitor. Se o senhor fosse disputar a eleição, ia ver. Não ia defender a Previdência". Assim, um candidato que defenda essas medidas, ainda que impopulares, pode ser um reforço importante à reforma. O ministro reafirmou, porém, que só decidirá se sai candidato "lá por março".

A avaliação foi feita ao final do almoço oferecido pelo presidente Michel Temer aos participantes da reunião de cúpula do Mercosul, no Palácio do Itamaraty. Durante a reunião, o presidente brasileiro cumprimentou três vezes seu colega argentino, Mauricio Macri, pela aprovação da reforma da Previdência lá. Questionado se era o caso de tanta comemoração, Meirelles concordou: "Lógico".

O ministro da Fazenda disse que em fevereiro o governo vai avaliar se é o caso de alterar ou não a proposta de reforma da Previdência. Ele discordou de uma avaliação feita pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) que, se a proposta não for votada em fevereiro, ela não passa mais. Para Meirelles, não há essa data fatal.

Por outro lado, ele não descartou a hipótese de a reforma ficar para 2019. Depois de ressalvar que a hipótese "não é boa", ele disse que a aprovação das mudanças no sistema previdenciário "pode ser um primeiro desafio para o próximo presidente."

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