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Médium João de Deus retorna à prisão após decisão da Justiça

Ele estava internado por mais de dois meses no Instituto Neurológico de Goiânia para tratar de um aneurisma no abdômen

João de Deus: médium retornou à prisão, depois de dois meses, por ordem da Jusitça; defesa já afirmou que levará o caso ao STF (Cesar Itiberê/Fotos Públicas)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de junho de 2019 às 17h48.

Após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) , o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus , chegou, na tarde desta quinta-feira (6), ao Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia.

O médium ficou internado por mais de dois mese s no Instituto Neurológico de Goiânia para tratar de um aneurisma no abdômen. Na tarde desta quinta, ele deixou o hospital em uma cadeira de rodas e vestindo roupas brancas.

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João de Deus responde a oito ações penais por crimes sexuais, protocoladas no Fórum de Abadiânia. Ao todo, 90 vítimas denunciaram o médium, e a primeira denúncia foi levada à Justiça em 9 de janeiro.

A mais recente acusação do Ministério Público de Goiás contra o médium foi levada à Justiça nesta quarta (5). Segundo a denúncia, dez vítimas relatam ter sido abusadas durante atendimento coletivo na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, município localizado a 89 quilômetros de Goiânia.

Com a palavra, A Defesa de João de Deus

Em nota, o criminalista Alberto Zacharias Toron, defensor de João de Deus, declarou:

" O resultado do julgamento dos HCs no STJ merece nosso respeito, mas será objeto de questionamento no STF em razão da injustiça de consagra.

Não é concebível que em pleno século 21 o sistema penal persista na prática de prender preventivamente desprezando a utilização de medidas alternativas como a prisão domiciliar e o uso da tornozeleira eletrônica, que neutralizariam qualquer perigo que o senhor João de Deus pudesse representar.

Afora isso, tratando se de uma pessoa idosa e portadora de doença vascular, além de um aneurisma na aorta abdominal, e uma verdadeira crueldade o reencarceramento."

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