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MDB fluminense perde 5 deputados com janela partidária

Dono da maior bancada entre os 46 deputados federais do RJ, originalmente com oito, o MDB tem hoje apenas três parlamentares fluminenses na Câmara

Deputados: cinco emedebistas aproveitaram a janela partidária para deixar a sigla e tentar a reeleição por outras legendas (Wilson Dias/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2018 às 11h35.

Rio - Dono da maior bancada entre os 46 deputados federais eleitos pelo Rio em 2014, originalmente com oito, o MDB tem hoje apenas três parlamentares fluminenses na Câmara. Cinco emedebistas aproveitaram a janela partidária para deixar a sigla e tentar a reeleição por outras legendas.

O MDB, que governa o Rio desde 2007, mas mergulhou numa crise em função das denúncias contra o ex-governador Sérgio Cabral, preso na versão local da Lava Jato.

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Em 2014, elegeram-se pelo então PMDB os deputados Eduardo Cunha, Leonardo Picciani, Pedro Paulo, Marco Antônio Cabral, Washington Reis, Celso Pansera, Soraya Santos e Fernando Jordão. Hoje, a bancada é composta apenas por Leonardo Picciani, Marco Antônio Cabral e Celso Jacob. Durante a janela partidária saíram Celso Pansera, Soraya Santos, Alexandre Serfiotis, Zé Augusto Nalin e Altineu Côrtes.

Do grupo de oito eleitos, Cunha foi cassado e preso. Pedro Paulo se transferiu recentemente para o DEM, acompanhando o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes. Washington Reis elegeu-se prefeito de Duque de Caxias em 2016.

Pansera trocou o MDB pelo PT na janela partidária encerrada no dia 6. Durante essa mesma janela, Soraya deixou o MDB para ingressar no PR. Jordão foi eleito prefeito de Angra dos Reis há dois anos.

Aos dois parlamentares restantes, Picciani e Cabral, reuniu-se Celso Jacob, que era suplente e foi efetivado a partir de janeiro de 2017. Condenado a 7 anos e meio de prisão em regime semiaberto pelos crimes de falsificação de documento público e fraude em licitação cometidos quando era prefeito de Três Rios (RJ), Jacob continua exercendo o mandato.

Entre os deputados emedebistas que deixaram o partido na janela partidária, pelo menos dois eram próximos a Cunha: Soraya e Pansera. Apesar de Cunha ter sido decisivo no impeachment da então presidente Dilma Rousseff, Pansera votou contra o afastamento da presidente. Outro ex-emedebista, Zé Augusto Nalin, era suplente de Cunha e assumiu o cargo após sua cassação.

Além dos cinco parlamentares que deixaram o MDB, pelo menos outros dez deputados da bancada fluminense aproveitaram a janela partidária para trocar de legenda. O pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro, que havia sido eleito pelo PP e estava no PSC, acertou sua ida para o PSL, pelo qual deve concorrer à sucessão de Michel Temer.

Chico D'Ângelo deixou o PT para integrar o PDT, e Clarissa Garotinho, filha do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, trocou o PRB pelo PROS. O DEM, partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi a legenda que mais recebeu deputados: quatro (Laura Carneiro, Roberto Sales, Sergio Zveiter e Zé Augusto Nalin). O PR recebeu três: Luiz Carlos Ramos, Soraya Santos e Altineu Côrtes.

Os parlamentares tinham até a meia-noite de 6 de abril para protocolar na Justiça Eleitoral a troca de partido, mas não têm prazo para informar essa troca à Câmara. Por isso, a lista de transferências, divulgada pela Casa, pode não ser definitiva. A Justiça Eleitoral só vai informar em 18 de abril a nova composição dos partidos.

Estaduais

O MDB também encolheu na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde tinha 15 deputados antes da janela partidária. Ali, perdeu um terço dos parlamentares. Registrou cinco transferências, mas recebeu uma filiação, passando a contar com 11 parlamentares. Apesar da queda, continua sendo o partido com a maior bancada na Casa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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