MBL e Vem pra Rua convocam atos pela prisão de Lula
Objetivo é que os atos aconteçam em diversas cidades do país no dia 3 de abril, um dia antes do julgamento do mérito do habeas corpus do ex-presidente
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de março de 2018 às 20h01.
Brasília - O Movimento Brasil Livre ( MBL ) e o Vem Pra Rua (VPR) convocaram manifestações em defesa da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a condenação do petista em segunda instância na Operação Lava Jato .
O objetivo é que os atos aconteçam em diversas cidades do País no dia 3 de abril, um dia antes do julgamento do mérito do habeas corpus do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal ( STF ), agendado para o dia 4 de abril. A palavra de ordem de ambos os grupos para os atos é "ou você vai, ou ele volta".
Por meio das redes sociais, MBL e VPR criticaram a decisão do plenário da Corte, que concedeu uma liminar para evitar possível prisão do ex-presidente até a análise do habeas corpus, uma vez que a sessão foi adiada.
Na segunda-feira, 26, o TRF-4 julgará os embargos de declaração da defesa do ex-presidente, último recurso do petista na segunda instância no caso do triplex do Guarujá.
Se o recurso for rejeitado por unanimidade pelos desembargadores da TRF-4, o ex-presidente poderá ter a prisão autorizada. Porém, como decidiu o STF, Lula tem uma liminar que proíbe sua prisão até a análise do habeas corpus.
"Inventaram uma bizarrice jurídica só para livrar uma pessoa da cadeia. Colocaram uma pessoa acima da lei, simplesmente porque ele é ex-presidente da República", afirma Kim Kataguiri, líder do MBL, em vídeo publicado no Twitter.
Em uma das postagens, o VPR criticou a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. A imagem da ministra é exibida ao lado de uma foto do juiz federal Sérgio Moro, com a legenda "Moro é Moro, Carmen Lúcia é Carmen Lúcia".
Na quarta-feira, Cármen Lúcia recebeu integrantes do VPR para conversar sobre a manutenção da prisão após a segunda instância. Além da manifestação no dia 3, o MBL também convocou atos para os dias 26 e 31 de março e para 4 de abril, em frente ao STF.