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Marta confirma que não fará campanha para Haddad

Em audiência da CPI sobre a Violência contra a Mulher em São Paulo, senadora afirma que vai se dedicar ao senado e à reeleição da presidente Dilma

Marta Suplicy: foco na reeleição de Dilma e nada para Haddad (Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 14h45.

São Paulo - Magoada desde que foi preterida na escolha do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, a senadora Marta Suplicy cansou de sinalizar ao PT a sua insatisfação com os rumos da campanha. Faltou ao evento do partido que confirmou a pré-candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, no início de junho, e ao qual compareceram todas as lideranças expressivas da legenda, entre elas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Depois lançou na imprensa frases enigmáticas sobre seu futuro no partido, embora continuasse negando a intenção de deixar a legenda que ajudou a fundar. Os petistas mais próximos descartavam, de fato, sua saída, mas restava a dúvida: qual seria sua postura quando a campanha começasse de fato? Marta deixaria de lado seu ego e pediria votos para Haddad? Nesta sexta, a senadora acabou com o suspense. "Vou me dedicar aos oito anos de mandato no Senado e à reeleição da presidente Dilma", afirmou Marta Suplicy, ao ser questionada sobre o seu papel na campanha de Haddad. Mais clara, impossível.

A senadora também comentou a maior controvérsia da pré-campanha até agora, a aliança do seu PT com o PP de Paulo Maluf, que rendeu a histórica foto de Lula malufando nos jardins da mansão do deputado pepebista. “No assunto dessa aliança, eu só posso falar por mim", respondeu. "Nós temos em São Paulo um grupo de pessoas que apoia o Maluf e o resto, as outras pessoas, que tem urticária quando ouvem o nome do Maluf”, deixando claro que, assim como a deputada Luiza Erundina, Marta não pretende malufar para agradar quem quer que seja.

As declarações, feitas ao final de uma audiência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência contra a Mulher, realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo, tornaram pública a resposta que Haddad não queria ouvir. Com apenas 6% das intenções de voto no último levantamento do instituto Datafolha, o candidato petista seria beneficiado pela presença de Marta Suplicy em seu palanque. Com boa penetração na periferia da cidade que governou entre 2001 e 2004, a senadora tinha 29% das intenções de voto na primeira pesquisa do mesmo instituto, realizada em setembro do ano passado. Naquele cenário, superava até o principal rival, o candidato tucano José Serra, que surgia com 18%.

Sem o nome da senadora no páreo, o levantamento já previa, no ano passado, o cenário que existe hoje: Serra liderava a disputa, com o candidato do PRB, Celso Russomanno, em segundo lugar. Apesar dos números, Lula fez valer a sua vontade: o ex-presidente preferia o "novo" e pressionou Marta a desistir da disputa. Ela se submeteu. Agora, vai deixar a Lula a missão de eleger o pupilo.

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São Paulo - Magoada desde que foi preterida na escolha do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, a senadora Marta Suplicy cansou de sinalizar ao PT a sua insatisfação com os rumos da campanha. Faltou ao evento do partido que confirmou a pré-candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, no início de junho, e ao qual compareceram todas as lideranças expressivas da legenda, entre elas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Depois lançou na imprensa frases enigmáticas sobre seu futuro no partido, embora continuasse negando a intenção de deixar a legenda que ajudou a fundar. Os petistas mais próximos descartavam, de fato, sua saída, mas restava a dúvida: qual seria sua postura quando a campanha começasse de fato? Marta deixaria de lado seu ego e pediria votos para Haddad? Nesta sexta, a senadora acabou com o suspense. "Vou me dedicar aos oito anos de mandato no Senado e à reeleição da presidente Dilma", afirmou Marta Suplicy, ao ser questionada sobre o seu papel na campanha de Haddad. Mais clara, impossível.

A senadora também comentou a maior controvérsia da pré-campanha até agora, a aliança do seu PT com o PP de Paulo Maluf, que rendeu a histórica foto de Lula malufando nos jardins da mansão do deputado pepebista. “No assunto dessa aliança, eu só posso falar por mim", respondeu. "Nós temos em São Paulo um grupo de pessoas que apoia o Maluf e o resto, as outras pessoas, que tem urticária quando ouvem o nome do Maluf”, deixando claro que, assim como a deputada Luiza Erundina, Marta não pretende malufar para agradar quem quer que seja.

As declarações, feitas ao final de uma audiência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência contra a Mulher, realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo, tornaram pública a resposta que Haddad não queria ouvir. Com apenas 6% das intenções de voto no último levantamento do instituto Datafolha, o candidato petista seria beneficiado pela presença de Marta Suplicy em seu palanque. Com boa penetração na periferia da cidade que governou entre 2001 e 2004, a senadora tinha 29% das intenções de voto na primeira pesquisa do mesmo instituto, realizada em setembro do ano passado. Naquele cenário, superava até o principal rival, o candidato tucano José Serra, que surgia com 18%.

Sem o nome da senadora no páreo, o levantamento já previa, no ano passado, o cenário que existe hoje: Serra liderava a disputa, com o candidato do PRB, Celso Russomanno, em segundo lugar. Apesar dos números, Lula fez valer a sua vontade: o ex-presidente preferia o "novo" e pressionou Marta a desistir da disputa. Ela se submeteu. Agora, vai deixar a Lula a missão de eleger o pupilo.

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