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Marqueteiro vê "clima de perseguição"

A defesa de Santana disse que recursos recebidos por ele no exterior são relativos a trabalhos executados fora do Brasil

João Santana: a defesa do marqueteiro disse que recursos recebidos por ele no exterior são relativos a trabalhos executados fora do Brasil (Cláudio Gatti)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 11h51.

São Paulo e Brasília - Após ter sua prisão decretada pela Justiça Federal, o marqueteiro João Santana divulgou carta na qual disse ter renunciado de seu cargo na campanha à reeleição do presidente Danilo Medina, do Partido de la Liberación Dominicana (PLD), na República Dominicana .

No texto, ele afirmou existir um "clima de perseguição" no Brasil.

"Conhecendo o clima de perseguição que se vive hoje em meu país, não posso dizer que fui completamente surpreendido, mas, ainda assim, fica difícil de acreditar", diz o texto.

O marqueteiro afirma no texto que a renúncia ao trabalho permitirá a ele "defender-se de acusações infundadas" e que se colocou à disposição das autoridades para esclarecer "qualquer especulação".

A defesa de Santana disse que recursos recebidos por ele no exterior são relativos a trabalhos executados fora do Brasil. O marqueteiro atuou nas campanhas da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e em 2014, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.

O advogado do marqueteiro, Fábio Toufic, informou na terça-feira, 23, ao juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, que Santana e a mulher, Mônica Moura, estavam na República Dominicana a trabalho e que retornariam ao Brasil "nas próximas horas". Segundo a defesa, os dois vão se entregar às autoridades assim que desembarcarem no país.

"Os peticionários tomaram conhecimento, na manhã de hoje (ontem), de que foram alvo de fase ostensiva da Operação Lava Jato. Como, no entanto, já informado em petição previamente protocolada perante este d. Juízo, encontram-se fora do país, a trabalho. Todavia, já agendaram seu imediato retorno ao Brasil, movimento que deve ocorrer nas próximas horas", afirmou a defesa.

"Tão logo realizado o desembarque, apresentar-se-ão, imediatamente, às autoridades."

Embarque

No documento a Moro, o advogado negou que Santana tenha desistido de embarcar para o Brasil no domingo ao saber que seria alvo de mandado de prisão temporária.

"É mentirosa e leviana a alegação veiculada em alguns periódicos na manhã de hoje (ontem), de que teriam desistido de embarcar em voo que chegaria hoje ao Brasil. O referido bilhete aéreo foi emitido pela agência de viagens há mais de uma semana por engano, tanto que cancelado no mesmo dia. Perversa, portanto, qualquer relação que se queira fazer entre esse fato e a operação deflagrada na data de hoje."

A compra da passagem de retorno de Santana ao Brasil foi monitorada pela Polícia Federal. O marqueteiro e sua mulher não embarcaram no domingo em voo que partiu da República Dominicana com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Segundo investigadores, o voo registrou "no show", quando o passageiro não comparece para o embarque.

A defesa pediu a Moro medidas para evitar que haja "odioso espetáculo público" na chegada do casal ao país. Ele e a mulher voltam para o país nesta quarta-feira 24.

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São Paulo e Brasília - Após ter sua prisão decretada pela Justiça Federal, o marqueteiro João Santana divulgou carta na qual disse ter renunciado de seu cargo na campanha à reeleição do presidente Danilo Medina, do Partido de la Liberación Dominicana (PLD), na República Dominicana .

No texto, ele afirmou existir um "clima de perseguição" no Brasil.

"Conhecendo o clima de perseguição que se vive hoje em meu país, não posso dizer que fui completamente surpreendido, mas, ainda assim, fica difícil de acreditar", diz o texto.

O marqueteiro afirma no texto que a renúncia ao trabalho permitirá a ele "defender-se de acusações infundadas" e que se colocou à disposição das autoridades para esclarecer "qualquer especulação".

A defesa de Santana disse que recursos recebidos por ele no exterior são relativos a trabalhos executados fora do Brasil. O marqueteiro atuou nas campanhas da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e em 2014, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.

O advogado do marqueteiro, Fábio Toufic, informou na terça-feira, 23, ao juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, que Santana e a mulher, Mônica Moura, estavam na República Dominicana a trabalho e que retornariam ao Brasil "nas próximas horas". Segundo a defesa, os dois vão se entregar às autoridades assim que desembarcarem no país.

"Os peticionários tomaram conhecimento, na manhã de hoje (ontem), de que foram alvo de fase ostensiva da Operação Lava Jato. Como, no entanto, já informado em petição previamente protocolada perante este d. Juízo, encontram-se fora do país, a trabalho. Todavia, já agendaram seu imediato retorno ao Brasil, movimento que deve ocorrer nas próximas horas", afirmou a defesa.

"Tão logo realizado o desembarque, apresentar-se-ão, imediatamente, às autoridades."

Embarque

No documento a Moro, o advogado negou que Santana tenha desistido de embarcar para o Brasil no domingo ao saber que seria alvo de mandado de prisão temporária.

"É mentirosa e leviana a alegação veiculada em alguns periódicos na manhã de hoje (ontem), de que teriam desistido de embarcar em voo que chegaria hoje ao Brasil. O referido bilhete aéreo foi emitido pela agência de viagens há mais de uma semana por engano, tanto que cancelado no mesmo dia. Perversa, portanto, qualquer relação que se queira fazer entre esse fato e a operação deflagrada na data de hoje."

A compra da passagem de retorno de Santana ao Brasil foi monitorada pela Polícia Federal. O marqueteiro e sua mulher não embarcaram no domingo em voo que partiu da República Dominicana com destino ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Segundo investigadores, o voo registrou "no show", quando o passageiro não comparece para o embarque.

A defesa pediu a Moro medidas para evitar que haja "odioso espetáculo público" na chegada do casal ao país. Ele e a mulher voltam para o país nesta quarta-feira 24.

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